Itaú diz que inadimplência se estabilizou no varejo no 1º tri -

Itaú diz que inadimplência se estabilizou no varejo no 1º tri

Expectativa do banco é de manutenção nos índices de atraso nos próximos trimestres
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Valor

Alexsandro Broedel, vice-presidente financeiro do Itaú, afirmou que o banco já vinha sinalizando que a inadimplência deveria se estabilizar no varejo e isso de fato aconteceu agora no primeiro trimestre. Segundo ele, houve uma alta da inadimplência curta (15 a 90 dias), mas há um fator sazonal no primeiro trimestre e, na realidade, o aumento visto.

Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú, comentou que a melhor expectativa do banco é que haja certa manutenção nos índices de atraso nos próximos trimestres. “Pode haver uma alta ou baixa de 0,1 ponto percentual, o que é normal em uma carteira desse tamanho, mas deve ficar mais ou menos estável”, disse ao comentar o balanço do banco no primeiro trimestre

Broedel afirmou que a margem com clientes teve uma queda no primeiro trimestre devido à sazonalidade normal do período, mas que isso está dentro do esperado. Além disso, no primeiro trimestre houve 90 dias úteis, dois a menos do que no quarto trimestre do ano passado.

“Nossa melhor expectativa é que o guidance ainda comporta o desempenho da margem com mercado”, comentou Maluhy. O guidance do banco para a margem com clientes este ano é de expansão de 13,5% a 16,5%. No primeiro trimestre houve queda trimestral de 0,7% e alta anual de 20,0%.

Sobre a margem com mercado, Maluhy explicou que essa linha é mais difícil de prever. Houve queda trimestral de 13,8% e anual de 36,0%, a R$ 645 milhões. Segundo ele, no Brasil a margem foi superior a R$ 1 bilhão e o trimestre foi negativamente impactado pela margem com mercado na operação do Chile. O guidance do banco é de margem com mercado de R$ 2 bilhões a R$ 4 bilhões este ano.

Sobre a carteira, Broedel comentou que o banco vê uma desaceleração do portfólio, mas dentro do esperado. Em relação ao capital, Maluhy comentou que o banco vai continuar distribuindo o capital mínimo, pois ainda há muita incerteza pela frente, inclusive em função de mudanças regulatórias.


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