Por Lucas Torres
Criado por Gabryella Corrêa em 2017 com o objetivo principal de proteger mulheres contra casos de assédio, o aplicativo Lady Driver também cumpre, por tabela, outra função social muito cara à empreendedora: embora o número de mulheres dirigindo no país esteja crescendo exponencialmente, a mesma alta não é observada entre os motoristas profissionais, cenário que fica claro ao observarmos que apenas 6% dos 600 mil motoristas de Uber no país são do sexo feminino – cenário que o Lady Driver espera contribuir para mudar.
O aplicativo exclusivo para motoristas e passageiras mulheres conta hoje com 35 mil motoristas na cidade de São Paulo e já tem planos avançados para se expandir para outras cidades, a começar pelo Rio de Janeiro.
Para as lojas de autopeças, esse ‘desbravamento’ do mundo dos carros compartilhados por parte das mulheres representa mais um motivo para aumentar a atenção com o atendimento desse público. Afinal, de acordo com dados da PwC, a necessidade de manutenção desses automóveis acontece de maneira sempre muito mais rápida do que dos veículos particulares: enquanto carros individuais levam em média 10 anos para atingir 100 mil quilômetros rodados, os compartilhados tendem a levar apenas dois anos para chegar à mesma rodagem.