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MAPA Aftermarket Automotivo: Recuperação Adiada

Foram ouvidos 76 varejistas de grandes centros econômicos de todas as regiões para concluir que o mercado continua achando seu novo patamar de faturamento nessas semanas de importantes diferenças no índice regular de atividades entre cidades, estados e regiões. Confira os resultados da pesquisa:
MAPA Aftermarket Automotivo de 25 de maio. Movimento das Atividades em Peças e Acessórios

Mais uma semana, mais uma pesquisa dos profissionais do Afterlab, núcleo de pesquisas da Novo Meio, para a produção de um novo Mapa Aftermarket Automotivo – Movimento das Atividades em Peças e Acessórios, estudo que analisa as oscilações nos resultados comerciais do varejo de autopeças para veículos leves em todo o país.

Foram ouvidos 76 varejistas de grandes centros econômicos de todas as regiões para concluir que o mercado continua achando seu novo patamar de faturamento nessas semanas de importantes diferenças no índice regular de atividades entre cidades, estados e regiões.

Nessa edição tivemos a exclusão da amostra vinda dos estados do Amazonas, Pará e Piauí por não encontrarmos referências minimamente razoáveis de funcionamento de suas lojas de autopeças. Foram excluídas ainda da base, pesquisas com oscilações percentuais abruptas e discordantes com a média das diferentes regiões pesquisadas.

Importante ainda informar nessa análise, que mais uma vez foi respeitada a ponderação referente à distribuição da frota em cada região do país, ficando o Norte com cerca de 5% da amostra, o Nordeste com 17%, o Centro-Oeste com pouco mais de 9%, o Sudeste com quase 49% e o Sul se aproximando de 20%, cumprindo assim a pesquisa o propósito de gerar a devida representatividade econômica de cada região para a produção de uma média nacional ponderada.

E os números nacionais que achamos para os negócios na semana de 18 a 22 de maio foram os seguintes: 1,81 ponto percentual negativo nos resultados de venda dos varejistas e 0,60 positivos em compras. Assim como na semana anterior, o mercado voltou a indicar estabilidade em seus resultados na ponta de venda e de compra.

No entanto, mesmo que mínimas as oscilações novamente deixam ensinamentos. Vamos aqui mais uma vez ao ensaio de alguns exercícios que podem contribuir como referências de estudos para empresários e gestores desse Aftermarket Automotivo.

Um deles está na evidência de que os estoques continuam mostrando que precisam ser repostos pelos varejistas, que mais uma vez compraram ligeiramente em volume maior do que haviam comprado na semana anterior, mesmo que tenham vendido um pouco menos.

Mais um dado, esse ainda mais relevante, é que o mercado continua estacionado naquele patamar deprimido de resultados em relação ao movimento regular de suas atividades, com as vendas e as compras do varejo de autopeças para veículos leves ainda não apresentando a reação que se previa, ou como ensaiado desde a elevação da venda de alguns distribuidores nos primeiros dias desse mês, resultado mais de reposição acumulada dos estoques dos varejistas que haviam cancelado compras, do que de movimento de vendas de componentes que chegariam imediatamente à manutenção dos automóveis.

Importante observar que o resultado de vendas dos fornecedores desses varejistas, os distribuidores, pode trazer relevantes alterações em comparação a essa média de desempenho do varejista nacional pelas variáveis de linhas de produtos, localização geográfica e perfil de cliente. Portanto, é sempre bom reiterar que esse estudo responde pelo movimento do varejista de componentes para veículos leves e representa uma média nacional das atividades comerciais no segmento.

E quando se fala em média nacional em dias de tantas disparidades regionais, por diferenças econômicas e inclusive políticas, parece sempre arriscado, cabendo claramente ao observador o dever de ponderar que nesse momento vivemos dias de grandes volatilidades no índice de comportamento social e comercial nos diferentes centros de consumo do país.

Com isso, se apresenta como mais indicada uma atenção maior à leitura regional dessa pesquisa, para a identificação do nível de desempenho dos varejos de autopeças hoje, ainda que também dentro de cada região igualmente possa haver importantes variações nos índices econômicos entre cada estado e mesmo entre suas cidades.

Com esse olhar ainda mais ampliado do que gostaríamos para diagnósticos específicos, começamos agora a avaliação regional pelo Norte do país, que manteve seus resultados nos mesmos níveis de baixa, – 2,50% nas vendas e – 0,50% nas compras, lembrando que essa amostra tenha perdido parte da sua representatividade pela exclusão de dois grandes estados da região, Amazonas e Pará, paralisados pelas medidas restritivas de suas capitais.

No Nordeste, encontramos números igualmente estabilizados em baixa, – 0,94% nas vendas e 0,31 positivos nas compras, deixando assim a região, que também teve um dos seus estados excluídos, o Piauí, mais uma semana sem resposta de melhora em seus deprimidos níveis de negócios. Ressalta-se ainda a dificuldade dos nossos entrevistadores para encontrar referências de pesquisas na região pelo baixo índice de funcionamento das lojas em algumas cidades importantes dos seus estados.

Do Centro-Oeste, região que ostentava os melhores resultados do varejo no país, veio pela primeira vez a notícia de estabilidade no patamar de vendas, – 0,63%, o que termina não sendo uma má notícia, já que os números das semanas anteriores foram os mais positivos que encontramos nessas pesquisas. Já as compras na região caíram mais, – 5,63%, mostrando assim que as vendas não ampliadas fizeram as compras serem recuadas.

No Sudeste, que concentra cerca da metade da força econômica do país, confirmada na representatividade da frota veicular, onde, novamente, com as suas grandes metrópoles sofrendo medidas ainda crescentes de isolamento social, não foi possível achar na média da região retomada positiva nas vendas, com queda de 2,88%, e com as compras sim, já reagindo, apontando 1,88% de crescimento em relação a semana anterior, confirmando os estoques antes consumidos como medida de defesa financeira na região.

A pesquisa fechou com a região Sul, praticamente como em todo o Brasil, algum recuo nas vendas, – 1,82 ponto percentual, e um número um pouco melhor no índice de compras 0,91 positivos, números que confirmam mais uma estabilização regional nas atividades do varejo de autopeças para veículos leves local em relação à semana anterior, embora haja importantes variações entre seus três estados e também se olhar analítico for mais para o interior do que para as suas capitais.

O que fica mais claro com esse novo trabalho é que o varejo de autopeças para veículos em quase todo o país ainda aguarda a recuperação das atividades regulares de manutenção dos automóveis, sobretudo, pela volta da circulação dos veículos.

E seus fornecedores, enquanto isso, disputam determinadamente os acanhados pedidos de compra dos varejistas, argumentando estoques pleno, logística inteligente, variedade de linhas e, sobretudo, proximidade verdadeira.

Já as indústrias ainda tentam ligar todas as suas máquinas para que esse mercado não ache mais um problema lá na frente, a falta de produtos.

Com mais esse trabalho concluído, uma nova linha está posta no gráfico do Movimento das Atividades em Peças e Acessórios – o MAPA do varejo nacional, confirmando oscilações e tendências que podem contribuir para as análises e conclusões de empresários e gestores de toda a cadeia de negócios desse Aftermarket Automotivo.

Continue esperando o primeiro dia de cada semana para conhecer novos dados desse Mapa, o novo medidor dos índices de negócios dos varejos de autopeças para veículos leves de todo o país.

Confira os gráficos:


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