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Marketplace: Três opções para o vendedor de autopeças

Na hora de optar por um ou mais shoppings digitais para alocar e vender seus produtos, o varejista deve avaliar a conveniência de duas diferentes modalidades de plataformas: as segmentadas e as generalistas.

Lucas Torres

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Na hora de optar por um ou mais shoppings digitais para alocar e vender seus produtos, o varejista deve avaliar a conveniência de duas diferentes modalidades de plataformas: as segmentadas e as generalistas.

No campo das segmentadas, que concentram em seu portfólio produtos pertencentes a uma única categoria/nicho, ninguém tem, no aftermarket automotivo, tanta relevância e capilaridade junto aos stakeholders do setor como o Canal da Peça.

  • Canal da Peça

Criada em 2014, a startup se consolidou com um hub de negócios que reúne os quatro principais elos do aftermarket ao: aproximar indústria e varejos, permitindo que as lojas se tornem espécies de ‘vendedores credenciados’ das marcas fabricantes; dar alcance e divulgação aos produtos de distribuidores e varejistas; facilitar o trabalho de busca oferecendo ferramentas para que o reparador possa comparar preços e condições de negócio no momento da compra das peças de reposição.

Para manter o status de confiabilidade, no entanto, o Canal da Peça inseriu filtros mais densos do que a média do mercado, sobretudo na comparação com os ‘generalistas’, priorizando a entrada de varejistas já com algum tipo de reputação prévia no mercado, elemento que pode se tornar uma barreira para empreendedores iniciantes do setor.

“Nós recrutamos somente autopeças que possuem reputação em sua área de atuação e que garantem a procedência e originalidade das peças que comercializam”, destaca Fábio Juliato, diretor da empresa.

Já no campo dos generalistas, isto é, que concentram em seu portfólio produtos das mais variadas categorias, os ‘tubarões’ do comércio eletrônico nas Américas – o Mercado Livre e a Amazon – são também os principais players do segmento de autopeças no Brasil.

  • Mercado Livre

Maior marketplace da América Latina, tem desde 2014 as autopeças como seu principal produto. Elas representam cerca de 15% das vendas de toda a plataforma – gerando um faturamento de cerca de R$ 3 bilhões de reais na média dos últimos três anos.

Essa escalabilidade do Mercado Livre se ancora em uma política ‘de menos fricção para o cadastramento dos lojistas’ adotada pela empresa para atrair o maior volume possível de varejistas.

Nesse sentido, a plataforma não exige o cadastramento de um CNPJ do vendedor, algo corriqueiro na maioria dos marketplaces, bem como não imprime nenhum tipo análise prévia para aprovação do cadastro.

Membro da plataforma, Flávio Ramos, diretor da Ramos & Copini, explica os passos a serem seguidos pelos varejistas interessados em vender no Mercado Livre.

“Basta abrir uma conta no Mercado Livre e começar anunciar os produtos, sempre presando pela qualidade dos anúncios, com atenção para oferecer uma descrição completa, um título com palavras-chaves mais buscadas e fotos de qualidade. Conforme as vendas forem acontecendo, a empresa vai ganhado relevância dentro do Marketplace”, orientou Ramos, antes de pontuar alguns cuidados a serem adotados: “É importante sempre seguir todas as regras para não receber punição, responder as perguntas e fazer o envio imediato dos produtos”.

  • Amazon

Depois de chegar ao mercado brasileiro de maneira ainda tímida no ano de 2012 – restringindo seu portfólio de produtos ao segmento de livros até 2017 –, a Amazon intensificou investimentos no país ao longo do último biênio e, apoiada na reputação de ‘maior marketplace do mundo’ e na excelência operacional, já se consolida como um dos nossos principais players.

De olho na representatividade das autopeças no faturamento de seu principal concorrente, o Mercado Livre, bem como ratificando seu interesse no mundo da mobilidade, a Amazon dedica um espaço amplo para o setor automotivo e as autopeças em seu site.

Para anunciar no marketplace da gigante estadunidense, porém, o varejista encontra condições mais restritivas na comparação com o Mercado Livre – tendo de passar por uma análise antes da aprovação de seu cadastro de vendedor (obrigatoriamente cadastrando seu CNPJ), bem como pagando uma espécie de ‘taxa fixa de locação do espaço’ junto das comissões usuais a serem pagas a cada venda (12% para peças e acessórios automotivos; 10% para pneus e rodas).


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