Mercado de reposição abraça população carente de investe em ações sociais -

Mercado de reposição abraça população carente de investe em ações sociais

 Novo Varejo inicia série de reportagens que traz uma abordagem 360o do engajamento social das empresas e entidades do aftermarket automotivo brasileiro

Por Lucas Torres ([email protected])

Preferimos a alegria efêmera de recebermos, ganharmos e usufruirmos, quando mais prazeroso seria se aprendêssemos o sabor duradouro, afetuoso, de fazer permanecer como costume em nossos dias a caridade fraternal. Este é um dos paradoxos que o ser humano vivencia em seu cotidiano.

Mas, felizmente, estão cada vez mais presentes em nossa sociedade conceitos como responsabilidade social e sustentabilidade. Cresce o número de pessoas físicas e jurídicas dispostas a dedicar parte de seu tempo e até orçamento a ações em favor de quem mais precisa. Tais atitudes passam por doações para instituições de caridade e vão até a contratação de colaboradores com alguma necessidade especial.

O mercado brasileiro de manutenção de veículos tem sido, ao longo do tempo, pródigo em atitudes socialmente responsáveis. Nem sempre os protagonistas de tais ações gostam de revelá-las, mas, por outro lado, os bons exemplos existem para serem propagados e assimilados por quem busca igualmente contribuir com essa corrente do bem.

Com o objetivo de dar visibilidade e oferecer reconhecimento a essa mobilização do aftermarket automotivo – bem como apontar caminhos para as empresas interessadas em trilhar esse caminho – o Novo Varejo inicia uma série de reportagens com uma abordagem 360o da conjuntura atual da responsabilidade social no mercado. Ele de abordar conceitos relacionados ao tema, vamos também mostrar as melhores práticas daqueles que têm consciência de que a construção de um país melhor depende de todos nós.

 

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA PERMITE QUE PARTE DOS IMPOSTOS SEJA DESTINADA À DOAÇÃO

Estimada em 33,6% do PIB, a carga tributária bruta brasileira é uma das mais altas do mundo. O peso dos impostos é apontado pelos empresários como um dos obstáculos ao próprio crescimento do país. E, com a evolução das ferramentas de fiscalização, a sonegação deixou de ser vantagem competitiva, como foi num passado não muito distante.

Uma vez que todos têm de pagar seus impostos corretamente, vale a pena transformar essa obrigação em benefício social. O presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), João Eloi Olenike, explica que o valor pago pode se constituir como despesa dedutível para apuração dos tributos sobre o lucro. Mas faz uma ressalva. “Esse tipo de desembolso é interessante somente às empresas tributadas pelo Lucro Real, que podem ter o valor do seu resultado econômico reduzido e assim pagar menos tributos”.

Olenike acrescenta que essas doações só serão encaixadas no âmbito das empresas dedutíveis se realizadas para entidades reconhecidas de utilidade pública por legislação (decreto). “Junto a tudo isso está o limite legal para a dedutibilidade: 2% do lucro operacional da empresa, antes de computadas as próprias doações”.

Para o presidente do IBPT, no entanto, as especificidades da legislação acabam dificultando a participação das pequenas e médias empresas nesse processo de filantropia em troca de incentivos fiscais, uma vez que na maior parte as pessoas jurídicas tributadas pelo Lucro Real são grandes empresas.


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