Mercado Livre pode responder por venda de produtos piratas -

Mercado Livre pode responder por venda de produtos piratas

Em parecer emitido na segunda-feira (23), a Procuradoria Federal Especializada (PFE), ligada à Advocacia Geral da União (AGU), afirmou que a empresa pode responder processo administrativo pela participação na venda de produtos não homologados.

Sindirepa

O Mercado Livre pode ser responsabilizado administrativamente pelo comércio de produtos piratas em seu marketplace. Em parecer emitido na segunda-feira (23), a Procuradoria Federal Especializada (PFE), ligada à Advocacia Geral da União (AGU), afirmou que a empresa pode responder processo administrativo pela participação na venda de produtos não homologados.

O posicionamento jurídico afasta a interpretação de que as plataformas de comércio eletrônico serviam apenas como vitrines para compra e venda de equipamentos, o que estaria protegido pela liberdade de expressão e pela inimputabilidade assegurada pelo Marco Civil da Internet, no seu artigo 19, a provedores de conteúdos.

O documento afirma que o Mercado Livre pode ser alvo de “fiscalização presencial nos centros de armazenagem e distribuição” da companhia, inclusive com apreensão de equipamentos fora das condições diversas das estabelecidas pela legislação e normas brasileiras, além de aplicação de multas contra a empresa.

O posicionamento é direcionado para o Mercado Livre, mas a decisão pode afetar outras plataformas de comércio eletrônico. Em maio, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) se reuniu com os presidentes dos maiores marketplaces do Brasil, como Magazine Luiza, Carrefour e Americanas, para alertar sobre a venda de equipamentos não homologados.

Além da Anatel, a Agência Nacional do Cinema (Ancine), Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) têm fechado o cerco contra os equipamentos que têm como objetivo a prestação de serviços ilegais, como pirataria de conteúdo audiovisual.


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