O Globo
Feliciano Almeida, presidente da Michelin na América do Sul, anunciou que a empresa está pronta para iniciar a fabricação de pneus para carros elétricos no Brasil. O executivo ainda reforçou como estratégia chegar a 2050 com neutralidade de carbono e ter, até 2030, 40% das matérias-primas recicláveis ou sustentáveis. Hoje a borracha natural é 20% da matéria-prima.
Embora reconheça que o Brasil esteja atrasado em relação à produção de veículos elétricos, Almeida sinalizou que a planta de Resende (RJ) está pronta para atender a essa demanda quando ela surgir no País. ” No Brasil, não tem uma massa crítica forte (para carro elétrico). O mercado dos híbridos (que funciona tanto com motor elétrico como com motor de combustão, a gasolina ou etanol) é menos de 1% do total. Talvez a gente esteja uns dez anos atrasados em relação à Europa, onde há fabricantes anunciando para 2025 que vão passar totalmente à eletricidade. Achamos que em 2030 poderemos ter 10% deste mercado (de carro elétrico no Brasil).
Nos veículos elétricos, os pneus são projetados de modo a oferecer maior autonomia aos veículos. porque há limitações de pontos de abastecimento. Então é importante que o pneu facilite a economia de combustível por causa disso. E que suporte um peso um pouco maior, porque as baterias elétricas ainda são pesadas. E o motor elétrico tem uma tração muito mais forte. Por isso o pneu é diferente, desde o desenho até a fabricação.
No pós-Covid, Almeida enxerga mudanças em mobilidade, com maior uso de transportes individuais, como bicicletas e motos, e menos coletivo, caso do transporte público.
