O senso comum a respeito de redes compostas por pequenas e médias empresas tende a apontar o fortalecimento do poder de negociação como seu maior ponto positivo. Ao serem questionados sobre essa percepção, tanto Sebrae quanto Sincopeças demonstraram incômodo e enfatizaram o quão simplistas são as afirmações que seguem esse raciocínio.
Para o diretor técnico do Sebrae, Alci Porto, o constante compartilhamento de experiências entre diferentes empresas faz com que todo o setor perceba mais rapidamente as mudanças sensíveis no comportamento do consumidor, as novas necessidades de atualização tecnológica e cada nova intempérie apresentada pelo inconstante ambiente econômico.
Na mesma linha, Ranieri Leitão afirma que o compartilhamento dos programas de capacitação pelo conjunto de empresários, a discussão e a soma das experiências vividas em seus empreendimentos e a consequente melhora em aspectos gerenciais resulta diretamente em uma melhora efetiva no ambiente de negócios do setor e na região como um todo. “Percebemos que essa sensibilidade associativa – de se sentir feliz e motivado também pelo sucesso do concorrente – cria uma atmosfera de harmonia fantástica para se trabalhar. Todo o segmento ganha em números tangíveis e intangíveis. Mensuramos nos resultados de vendas, mas também percebemos na mobilização dos empresários em torno da busca por maior qualificação e modernização constante”, analisa o presidente do Sincopeças-BR.
Em complemento, Alci Porto pontua o fato dos empresários da reposição automotiva cearense passarem a ser presença comum em eventos em países como Estados Unidos, Europa e Ásia. “Além disso, temos inúmeros empresários que, motivados por suas redes, ingressaram em cursos de pós-graduação em gestão e inovação pela UGC”, ilustra Porto.
OBA!!!