Mulheres do Aftermarket e seus automóveis -

Mulheres do Aftermarket e seus automóveis

Especial do Dia Internacional da Mulher investiga relação das profissionais do mercado com seus carros e a percepção sobre o atual estágio do setor

Boneca para as meninas, carrinho para os meninos… Para quem nasceu em qualquer década do século XX, essa era uma dinâmica quase inevitável entre pais e filhos na hora da escolha dos primeiros brinquedos. Hoje, no entanto, se tornou absolutamente natural meninas sendo expostas ao universo do automóvel. Afinal, o cenário de pujante democratização do mercado automotivo tem promovido mudanças significativas não apenas no mundo do consumo, mas também – e talvez sobretudo – na cultura. No ano de 2021, a montadora japonesa Nissan anunciou uma política robusta de contratação de mulheres para posições administrativas e fabris. A motivação do movimento era simples: com 55% dos veículos comprados, as mulheres já haviam se tornado os principais clientes da marca. Longe de representar um quadro pontual, o movimento da Nissan foi acompanhado por diversas outras montadoras atuantes no Brasil. A Stellantis, por exemplo, estabeleceu como meta uma proporção de 50% de mulheres para suas contratações ao longo do ano de 2023 e o compromisso de que 30% de seus cargos de liderança passem a ser ocupados pelo gênero a partir de 2025.

Quando observada a fotografia geral do avanço da presença feminina nas fabricantes de carros, os dados são mais modestos, mas mostram uma evolução consistente. De acordo com a Data OLX Autos, a força de trabalho das mulheres neste segmento passou de 16,8% para 19,4% en- tre 2011 e 2021. Ainda mais significativo do que a relevância conquistada pelas mulheres no âmbito da compra veículos é, porém, o crescimento notável de suas participações no aftermarket automotivo. Isso porque, sabemos, não faz muito tempo que a cultura brasileira disseminava a ideia de que ‘manutenção veicular era coisa de homem’. A realidade hoje é bem diferente. Uma pesquisa realizada pela General Motors no Brasil revelou que o gênero feminino detém uma fatia de 46% de todos os atendimentos nas oficinas mecânicas do país.

Tal cenário tem motivado algumas gigantes do aftermarket brasileiro a investirem em funcionárias aptas a criar um ambiente de maior empatia e acolhimento para essas consumidoras. Dona de 100 lojas no Brasil, a AutoZone tem nas mulheres uma fatia de cerca de 30% do seu quadro de 1290 pessoas, proporção que pretende aumentar por meio de programas de incentivo como o AZ WIN – AutoZone Women Initiative.

Março é o mês delas e, mais precisamente, o dia 8 é dedicado internacionalmente às mulheres. Para homenagear algumas das protagonistas que fazem o aftermarket automotivo nacional caminhar por uma estrada cada vez mais democrática, o Novo Varejo conversou com uma série de profissionais do setor para apreender detalhes deste ambiente de transformação. Mas não com o tradicional foco em trabalho. Desta vez, buscamos saber das participantes como se relacionam com os automóveis, com a manutenção de seus carros e que perspectivas têm sobre a preparação do ecossistema de empresas que compõem o aftermarket no atendimento do público feminino.

As mulheres desta reportagem
Bruna Meda (Arteb)
Camila Rocha (Phinia)
Daniella Carrer (Sabó)
Estela Pacheco (Corteco)
Gilssara Paz (NTN)
Indiara Valério (Grupo Bueno)
Janaina Pedral (Br AutoParts)
Luciana Tuma (Niterra)
Majô Gonçalves (Verso Comunicação)
Marília Oliveira (Bosch)
Nathalia Amorim (Dayco)
Patrícia Micolaiciunas (Cobra Rolamentos)
Paula Skoretzky (PSC Comunicação)
Sabrina Carbone (Frasle)
Sandra Bressan (Josecar)
Sophia Ferreira (Universal Automotive)
Thuanney Castro (Wega)

Clique aqui para conferir o  que elas disseram.


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