Na RMSP, custo de vida desacelerou em março -

Na RMSP, custo de vida desacelerou em março

Variação positiva foi de 0,08%; inflação pressiona menos as famílias de renda mais baixa, revela FecomercioSP

Influenciado pelo grupo de transportes, o custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) desacelerou e apontou certa estabilidade em maio, ao apresentar variação de 0,08%, ante 0,52% registrado em abril. Nos cinco primeiros meses do ano, há alta acumulada de 2,31%, e nos últimos 12 meses, o acréscimo é de 3,78%. Os dados são do levantamento mensal Custo de Vida por Classe Social (CVCS), elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Os transportes, que registraram queda de 0,92% no mês, foram responsáveis por contribuir com 0,20 ponto porcentual (p.p.) para o resultado geral.

Dentre os nove grupos que compõem o indicador, outros dois colaboraram com a desaceleração do custo de vida da RMSP: artigos de residência (-0,64%) e vestuário (-0,50%). O primeiro foi influenciado pelas quedas nos preços dos microcomputadores (-1,8%), dos televisores (-2,3%) e dos móveis para sala (-0,4%). Em vestuário, os maiores responsáveis pelo resultado foram as blusas (-2,3%), as calças compridas masculinas (-2%) e as calças compridas femininas (-1,2%).

Segundo a pesquisa, o cenário inflacionário pressionou menos os lares de renda mais baixa. No quinto mês do ano, a variação para a classe E foi de 0,07%, enquanto para a Classe A, o aumento foi de 0,32%. Tendência também observada no acumulado de 12 meses, quando foram constatadas altas de 2,9%, para a classe E, e de 5,28%, para a faixa de renda mais elevada.

Frente a essa conjuntura, a Federação afirma que o custo de vida na RMSP traz sinais positivos de arrefecimento e impacto, cada vez menor, na inflação sobre o orçamento das famílias de renda mais baixa. Alívio esse que permite, de forma gradativa, que haja condições de quitar dívidas em atraso e, consequentemente, aumento do consumo.


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