Não é preciso entrar em pânico – só um pouquinho -

Não é preciso entrar em pânico – só um pouquinho

Ao mesmo tempo em que temos destacado os valiosos avanços proporcionados pela IA, temos também feito algumas provocações quanto aos diversos riscos que esta ‘entidade’ pode representar para a sociedade como um todo.

Temos visto nos últimos meses um processo de aceleração não apenas no desenvolvimento da inteligência artificial, mas também em sua aplicação aos mais diferentes setores. O assunto vem merecendo reportagens periódicas neste Novo Varejo e também nas entrevistas que temos feito no podcast Diálogo Automotivo, da A.TV, o canal de conteúdo em vídeo do nosso aftermarket, que você acessa por aqui: youtube.com/c/ATVmidia

A razão é simples. A IA já está presente no dia a dia do mercado de reposição, naturalmente em diferentes graus de aplicação. A indústria, como é esperado, tem os exemplos mais consistentes, mas o varejo, especialmente online, também já se beneficia desta impressionante evolução tecnológica. Como o assunto aqui não diz respeito a estas aplicações, sugiro que você assista aos diversos e mais recentes episódios do Diálogo Automotivo.

Nossa conversa hoje segue por outro caminho. Ao mesmo tempo em que temos destacado os valiosos avanços proporcionados pela IA, temos também feito algumas provocações quanto aos diversos riscos que esta ‘entidade’ pode representar para a sociedade como um todo. Teorias da conspiração? Eu não gosto delas, e, neste caso, definitivamente não.

Em editoriais antigos tratamos de indícios de que a inteligência artificial poderia adquirir alguns ‘sentimentos’ e começar a se aproximar do comportamento humano.

Pois bem. Neste mês de março, um relatório encomendado – atenção – pelo Departamento de Estados dos Estados Unidos alertou para a necessidade urgente de criar mecanismos efetivos para controlar o desenvolvimento da inteligência artificial. O estudo foi desenvolvido pela Gladstone AI, especializada na tecnologia.

E o que diz o texto? Simplesmente que a inteligência artificial pode representar uma ameaça de extinção para a espécie humana e é capaz de oferecer riscos similares aos de uma arma de destruição em massa. Ao entrevistar 200 sumidades no assunto, a Gladstone concluiu que a crescente urgência por competitividade tem feito com que a tecnologia seja desenvolvida sem a necessária observância de padrões de segurança.

Moral da história, ainda segundo o relatório: do jeito que a coisa vai, é real a possibilidade de transformar a inteligência artificial em uma arma e perder o controle sobre ela. Teme-se que a IA possa em algum momento começar a pensar como os seres humanos. Se você é um dos abnegados que costumam ler este editorial, talvez se lembre do texto em que citamos o filme ‘2001, Uma Odisseia no Espaço”. Se você nunca assistiu, aí está uma boa oportunidade. A realidade cada vez mais se aproxima da ficção. O resultado você vai encontrar lá, na tela. E tome um spoiler: não é nada aprazível.

No que tudo isso vai dar? Esta é a pergunta de bilhões de dólares e – tomara que não – vidas. O fato é que a IA é uma inovação irreversível. Mas isso não pode torná-la um de nós. Aqui no Brasil, por exemplo, o Projeto de Lei 303/24 permite que uma patente seja requerida em nome do sistema de inteligência artificial em caso de invenções geradas de forma autônoma por ele. Com isso, a IA será considerada o inventor e o titular dos direitos de sua criação. Criação? Muito cuidado. Que não sejam atribuídos poderes indevidos àquilo que não pode ocupar tal posição na hierarquia da humanidade.


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