Claudio Milan [email protected]
O ChatGPT foi lançado em 30 de novembro de 2022. Ainda nem deu tempo para que todos pudessem ter ciência da novidade tecnológica. No entanto, em um período de pouco mais de dois meses apenas ela alcançou a marca extraordinária de 100 milhões de usuários. São 13 milhões de visitas por dia. Esses números, divulgados pela consultoria McKinsey & Company, são inéditos e históricos no ambiente da internet. Adesão recorde. Criado pela empresa OpenAI, que tem o milionário – uma “profissão” que todos nós gostaríamos de exercer – Elon Musk, o dono da Tesla, como um dos fundadores, o ChatGPT é uma ferramenta de inteligência artificial ao que tudo indica revolucionária – de verdade.
E olha que a IA, por si só, já era uma baita revolução. Por ser uma inovação tão recente, suas muitas possibilidades ainda não estão claramente compreendidas por todos. Com certeza muito ainda está por vir e muito ainda teremos que aprender. Sem falar nos aprimoramentos que possivelmente serão aplicados ao GPT durante sua vida útil. Muitos deles, quem sabe, até pela própria inteligência artificial da ferramenta, que é sustentada por uma espécie de ‘rede neural’ artificial, que adquire conhecimento a partir de uma infinidade de dados aleatórios que, posteriormente, são organizados e combinados pela IA de acordo com a solicitação do momento.
Esta edição traz o tema em nossa reportagem de capa. Não poderia ser diferente, já que este é o assunto mais comentado hoje no mundo digital e que tem, é claro, desdobramentos também para o varejo. Procuramos em nossa matéria lançar um pouco mais de luz sobre o assunto, relacionando a inteligência artificial da ferramenta com a atividade varejista. É esperado que haja um impacto no atendimento via chatbot.
Devo confessar aqui que consegui resistir à tentação de escrever este texto por meio do ChatGPT. Para o bem e para o mal, você ainda está lendo algo digitado por um humano. Nosso colunista Luiz Marins fez diferente. O artigo de autoria do consultor que publicamos nesta edição foi em grande parte redigido pela ferramenta. Um atrativo a mais para sua leitura. Pois é, começamos o ano com uma nova disrupção. A palavra parece até desgastada de tanto que tem sido usada – e não por vício de linguagem, mas por necessidade mesmo.
O mundo está se transformando muito rapidamente graças à evolução tecnológica no ambiente digital. Apesar de tudo o que temos visto nos últimos anos, a inovação ainda é capaz de, num piscar de olhos, nos surpreender. E aí fica a pergunta: aonde tudo isso vai parar? Nós, os mais experientes – por assim dizer – às vezes nos sentimos teletransportados diretamente para a Discovery One, a nave do clássico ‘2001 Uma Odisseia no Espaço’. Será que, assim como no filme de Stanley Kubrick, HAL 9000 está ansioso à nossa espera? Os cinéfilos entenderão. Os cautelosos também.
