Números e contradiçõespor todos os lados -

Números e contradições
por todos os lados

Estamos a poucos dias de iniciar o trimestre que fechará 2022 e o momento é oportuno para tentar entender o que nos espera não só para os próximos meses, mas também para o ano que vem.

Claudio Milan claudio@novomeio.com.br

Nas últimas semanas temos sido bombardeados diariamente com
pesquisas eleitorais. Não raro trazendo resultados consideravelmente
diferentes, a depender do instituto responsável.
Contradições envolvendo índices e números também fazem parte do
dia a dia dos gestores de negócios no Brasil. O país vive uma situação
curiosa. Os dados mais recentes divulgados mostram crescimento
do PIB, redução do desemprego e queda na inflação. Ao mesmo
tempo, o consumo cai e os juros se mantêm nas alturas. Um cenário,
digamos, contraditório.
Estamos a poucos dias de iniciar o trimestre que fechará 2022 e o
momento é oportuno para tentar entender o que nos espera não só
para os próximos meses, mas também para o ano que vem. E é aí que
entra a entrevista com a profissional responsável pelo Monitor
do PIB-FGV, Juliana Trece.
A missão do repórter Lucas Torres, que
conversou com a especialista, foi exatamente tratar das contradições
que circundam a conjuntura econômica nacional.
Na conversa esclarecedora, a profissional adverte para as
vulnerabilidades dos bons índices que o país vem obtendo neste
momento – fortemente marcados por movimentos eleitoreiros – e
possíveis desdobramentos no futuro.
Todos nós desejamos que o Brasil entre em um ciclo sustentável
de crescimento, mas a queda no consumo faz acender um sinal de
alerta. Citando mais uma vez nossa entrevista, o forte endividamento
das famílias, os juros astronômicos e a precarização do emprego
são situações que já começam a pesar sobre a economia e a conta
vai chegar.
Até mesmo o estado da arte na inovação – tão absolutamente
necessária no ambiente de negócios em que vivemos hoje – já começa
sentir o baque das contradições conjunturais que enfrentamos. Em
outra reportagem da edição 372 do Novo Varejo, mostramos os desafios das startups,
as queridinhas do mercado e parceiras cada vez mais importantes
para a adequação dos varejos a demandas hoje obrigatórias, mas
que não compõem a expertise das lojas.
Pois até mesmo as avançadas empresas de tecnologia estão
passando por um momento difícil – na verdade, o mais difícil até
então. Resultado deste momento de acomodação da economia às
contradições que estamos enfrentando.
E o varejo de autopeças, como fica neste mar de números e dúvidas
por todos os lados? De acordo com a pesquisa MAPA, realizada pelo
after.lab, a empresa de inteligência de mercado da Novomeio Hub
de Mídia, o segmento acumula três semanas seguidas de vendas em
queda, no período de 26 de agosto a 9 de setembro.
O papel do jornalismo independente é informar os fatos como eles são.
O breve resumo trazido neste espaço editorial pode ser detalhado nas
citadas reportagens que publicamos aqui. Nossa obrigação é mostrar
e antecipar aos gestores do varejo os cenários que vêm pela frente e,
na medida do possível, descomplicar números e contradições.


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