O Mapa – Movimento das Atividades em Peças e Acessórios se apresenta como um novo serviço para a aferição das operações comerciais dos componentes automotivos, segundo as atividades nas lojas de varejo de todo o país.
O AfterLab, novo núcleo de estudos criado pela Novo Meio para reunir todo o seu repertório de trabalhos de pesquisas, foi o responsável pela concepção da metodologia, a aplicação dos questionários de pesquisas e a tabulação e divulgação dessas movimentações de vendas e compras realizadas pelos varejistas do mercado nacional.
Os números apurados pelo AfterLab começaram em uma primeira edição que refletiu a abrupta retração em mais da metade dos níveis de vendas realizadas pela média dos varejos em relação ao período regular de suas atividades, em tempos anteriores à crise econômica desses dias.
O estudo trouxe também a importante oportunidade para um olhar comparativo entre as diferentes regiões do país.
Os números apurados colocaram o centro-oeste no topo da lista de melhores resultados com quase 51% do nível regular de atividade comercial, vindo em seguida a região sul com 48%, o sudeste com 46%, ficando os piores índices na atividade dos negócios daqueles dias que estão na região norte com 42% e os varejos que estão na região nordeste com 40%.
A diferença entre a melhor região do país, o centro-oeste, e a pior, o nordeste, era mais do que os 11 pontos percentuais indicados pela diferença nominal; apontavam, na verdade, que os negócios no nordeste teriam ainda que se recuperar em 25%, naquele momento da pesquisa, para chegarem ao patamar em que já estavam os resultados de negócios no Brasil central.
Esse é apenas um exemplo das leituras que possibilita o novo serviço oferecido pelo núcleo de pesquisas lançado pela Novo Meio, através do AfterLab.
A partir de agora esse Mapa confirma dados de negócios em relação comparativa às atividades da semana anterior ao período pesquisado, confirmando sua vocação para desenhar as curvas das movimentações nas atividades do varejo nacional para veículos leves em tempo real.
Os resultados desta semana, que acabam de sair, revelam que, com relação à semana anterior as vendas no varejo de autopeças para veículos leves caíram 2,08% e as compras desceram ainda mais, para 6,46%.
O resultado contraria a expectativa do mercado por alguma recuperação depois da íngreme descendência em relação aos níveis do mercado anterior. Ou seja, as vendas no varejo nacional caíram e ainda caem.
Já os resultados da posição de compras do varejo mostram ainda conduta de defesa de caixa, com obtenção de recursos financeiros pela não reposição dos estoques, um mecanismo básico de gestão de fluxo de recursos em tempos de retração de atividade econômica.
Assim segue o mercado consumindo estoques, potencializando falta de produtos para algum instante da recuperação. As empresas mais atentas, ágeis e capitalizadas podem em algum momento se beneficiar na retomada das demandas.
Em tempos de juros zero pelo mundo e à metade do IGPM anual no nosso país, pode ser interessante analisar possibilidades de se negociar encomendas de produtos de quem tem necessidades urgentes de recompor faturamentos, sobretudo, em tempos de baixíssimas compras.
A soberania do caixa, claro, não pode ser comprometida. Se o dinheiro não tem recebido valor nenhum de remuneração nas aplicações diárias, a ausência dele tem custado juros e exigências absurdas desde os spreads reclamados pelos agentes financiadores.
Assim, a decisão de investir em estoque é coisa para quem sabe comprar e esperar o mercado precisar daquela peça, sempre com dinheiro em caixa.
Resultados regionais
A nova edição do Mapa trouxe ainda em seus gráficos a visão comparativa entre as regiões do país. E essa análise se fez bastante interessante.
No quadro de vendas vemos Norte e Sudeste oscilando ligeiramente para baixo, cerca de 1%, enquanto Sul e Nordeste cairão 6,36% e 7,50%, respectivamente. Vindo então a surpresa positiva da pesquisa no Centro-Oeste, que já tinha a posição de melhor região do país no estudo referencial inicial, ampliando a sua recuperação, crescendo mais 10,63% suas vendas, segundo comparação com igual período da semana anterior.
Já em compras, vemos um quadro ainda mais depressivo, em que em todas as regiões do país os varejos compram menos do que compraram no mesmo período da semana anterior, exceto no Norte onde houve uma oscilação positiva insignificante, apenas 1%.
Queda de 1,4% no Sudeste, nível praticamente estável; 5% no Centro-Oeste; e elevados 12,78% negativos no Nordeste e 15,48% no Sul.
Assim, se no Sudeste as compras caíram 1,4%, talvez porque já estavam baixas demais, o Nordeste e o Sul ainda mostram estoques para serem consumidos para ajudarem nas urgências financeiras das lojas.
Mas é do Centro-Oeste que vem o dado mais significativo em termos de distância entre as atividades de compra e venda no varejo de autopeças local, com uma variação de 15,63% entre as pontas comercias das lojas, com compras 5% menores do que na semana anterior mesmo que as vendas tenham alcançado a evolução de 10,63%.
E ficou para o Sudeste e para o Norte a taxa de menor variação entre compra e venda, apenas 2,2% e 2% respectivamente de variante entre o percentual vendido e o comprado, número que reflete uma estabilidade entre as pontas dos negócios dos varejistas da região.
Os extremos comparativos apurados ficaram entre os 10,63% positivos para as vendas dos varejos do Centro-Oeste e os 15,45% negativos nas compras das lojas do Sul, confirmando largas oscilações na movimentação dos negócios do segmento, ratificando a volatilidade dos mercados nesses dias desde as diferentes regiões do país.
Continue esperando para o primeiro dia de cada semana os novos dados desse Mapa – Movimentos das Atividades em Peças e Acessórios, a ferramenta de medição dos índices de negócios nos varejos de autopeças para veículos leves de todo o país.
Confira o MAPA:
