O que esperar da reposição automotiva no pós-pandemia -

O que esperar da reposição automotiva no pós-pandemia

Apesar da redução esperada da média de quilometragem dos veículos, há pontos positivos para a reposição, como a postergação de compra de carros novos, que deve elevar a idade média e estimular a manutenção.

As fusões e aquisições devem aumentar, e, em função do esgotamento dos mercados, novos players devem surgir. Empresas sólidas também devem se consolidar ainda mais. Com a postergação de compra de carros novos, a manutenção será estimulada. Foi um pouco da mensagem que Marcelo Gabriel, diretor de desenvolvimento de negócios internacionais da LA4B – América Latina para Negócios, consultoria especializada em aftermarket automotivo, deixou no “Abra Talks”, evento virtual mensal da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais, realizado no dia 16 de setembro, quando abordou o tema “Reposição automotiva: planejando a demanda no pós-pandemia”.

Gabriel revelou alguns efeitos negativos e positivos da pandemia. Acredita que o trabalho remoto vai continuar, por isso a quilometragem média rodada pelos veículos por ano deve diminuir. Por outro lado, a compra de carros novos deverá ser postergada, aumentando a idade média dos carros e a manutenção. O diretor da LA4B explicou que, além da falta de peças, os veículos novos estão caros. No entanto, em contrapartida, as transações de veículos usados alcançou a maior alta histórica desde 2004. “Todo veículo usado vendido pressupõe manutenção. No mínimo, o dono vai querer checar palhetas, pastilhas, discos, óleo e filtros”, enfatizou.

Ressaltou que as ineficiências ficaram visíveis, o processo de digitalização do mercado ocorrerá horizontalmente e o ecossistema atual – fabricantes, distribuidores, varejistas e oficinas, será preservado. “As empresas que não morreram já se adaptaram e as novas já nascerão enxutas”, afirmou.

Destacou alguns pontos de atenção no planejamento da demanda pós-pandemia. “Não ocorrerão mudanças no perfil da frota e os veículos terão maior tempo de posse com o mesmo dono”, disse o diretor da LA4B. Já a quilometragem média anual deve cair devido ao elevado custo do combustível e ocorrerá alternância de transporte privado e público.

Ao final da apresentação, afirmou que o kit de sobrevivência para as empresas do mercado de reposição no pós-pandemia inclui não só focar em inteligência, pois, com a o avanço da tecnologia, o tempo do “achismo” acabou, mas também a mudança de mindset, pois nunca houve situação semelhante nos negócios. Além disso, as pessoas são fundamentais, por isso será preciso escolher os melhores profissionais.

É fundamental trazer para o debate o futuro da reposição do segmento automotivo. Sabemos da importância desse mercado e queremos abastecê-lo cada vez mais com informações que apontem para o seu desenvolvimento, afirma João Moura, presidente da Abrafiltros.

O Abra Talks de novembro acontece no dia 11/11 (quinta-feira) às 9h e, abordará assuntos relacionados aos segmentos de Filtros Industriais, Saneamento e Filtros para Estações de tratamento de água e efluentes & reúso e Filtros Automotivos.


Notícias Relacionadas
Read More

A oportunidade Rota 2030

Com a implantação do programa estima-se que nos próximos cinco anos o Brasil investirá aproximadamente R$ 1 bilhão nos programas de P&D, o que não somente ajudará no desenvolvimento de produtos, mas impulsionará o País na direção de novos, modernos e mais equipados centros de pesquisas no meio acadêmico e nos ICT’s, gerando novas tecnologias e patentes nacionais e internacionais.Com a implantação do programa estima-se que nos próximos cinco anos o Brasil investirá aproximadamente R$ 1 bilhão nos programas de P&D, o que não somente ajudará no desenvolvimento de produtos, mas impulsionará o País na direção de novos, modernos e mais equipados centros de pesquisas no meio acadêmico e nos ICT’s, gerando novas tecnologias e patentes nacionais e internacionais.