Em uma palestra para lá de animada, que contou com números de ilusionismo e até pirotecnia, o diretor da Quality Results Consultoria, Marcos Miklos, convidou os presentes para uma longa viagem rumo ao que chamou de diferencial competitivo.
Utilizando as definições do dicionário para a palavra Desafio – como ‘ocasião ou grande obstáculo a ser ultrapassado’ –, Miklos apontou a satisfação com a conformidade, e até com a eficiência, como os maiores bloqueios para o sucesso pleno de uma empresa.
Estranho, não? Pode até parecer de início, mas conforme o palestrante montava o quebra-cabeça daquilo que para ele era a gestão ideal, tudo começava a tomar uma forma compreensível. Miklos separou a viagem que leva ao ‘paraíso da gestão’ em quatro etapas fundamentais:
– Conformidade
O empresário é desafiado a gerir seu negócio conforme as normas exigidas pela legislação vigente no país. Atividades como o recolhimento de impostos no prazo estipulado devem ser o foco.
Miklos destacou que muitas empresas param de evoluir em suas gestões logo ao alcançar a plenitude nesta etapa, algo extremamente perigoso – pois a simples manutenção da legalidade não garante resultado e tampouco sobrevivência no longo prazo.
Portanto, o empresário deve se esforçar para partir o mais rapidamente possível para a segunda fase da viagem.
– Eficácia
O empresário controla os indicadores de ganho e alcança determinado lucro com a atividade. Esta etapa já deve contar com a primeira sinergia de requisitos e de visão integrada, que acopla a manutenção da atividade legal e uma margem de lucro que permite a sobrevivência.
Mas, de acordo com Miklos, plenitude em gestão exige muito mais do que isso. Por isso, ele sugere que os empresários partam assim que possível para a terceira etapa.
– Eficiência
O momento passa a ser o de garantir a maximização de resultados por meio da identificação de desperdícios e dinamização de procedimentos como, por exemplo, a administração do estoque.
Fazendo isso de forma consistente o empresário poderá finalmente se colocar em uma condição de igualdade de competição com seus concorrentes e aumentar de forma substancial seus ganhos – podendo agora focar em questões que poderão leva-lo ao último degrau da pirâmide da gestão.
Este degrau, segundo o palestrante, muitas vezes pode parecer próximo. Mas exige um esforço ainda maior do que o utilizado para chegar até aqui.
– Diferencial competitivo
Na quarta etapa, a do paraíso da gestão, o empresário é impelido a produzir melhor do que seus concorrentes por meio do alinhamento de todos os processos de sistema de gestão e indicadores, juntamente com o planejamento estratégico.
Aqui, o empresário descobre como utilizar recursos que outrora pareciam ainda nem existir para maximizar sua influência sobre o mercado. Nesta etapa os desperdícios são reduzidos a praticamente zero e a qualidade – como a de atendimento, por exemplo – agrega valor a produtos que os concorrentes tratam como simples produtos de giro. Além disso, é fundamental que todos os funcionários tenham uma abordagem alinhada, identificada com a visão macro da empresa.
Para se chegar ao paraíso da gestão, em resumo, o grande desafio é alcançar a primazia da qualidade, tanto interna, quanto a percebida pelo cliente externamente.