Fábricas do futuro serão competitivas e sustentáveis em escala global
Por Alfonso Abrami, Sócio diretor Pieracciani
A indústria de automóveis e caminhões, bem como as de seus componentes, vêm sendo continuamente otimizadas, quando não radicalmente modificadas. As novas operações, componentes e fases de processo, têm como premissa cada vez mais precisão com automação, e, principalmente, adequação aos sistemas de produção e controle que comportam grandes evoluções tecnológicas. Grandes mudanças estão em pauta.
Os objetivos principais recaem sobre a eficiência e a flexibilidade no processo produtivo. Não se discute qualidade e segurança, em tese, os indicadores: zero defeito e zero acidente devem estar consolidados. A concepção dos novos modelos, bem como arquiteturas e plataformas padronizadas, a definição e projeção da escala ótima de produção, dos projetos de engenharia de produto e processo integrados, são apenas parte da cadeia de pesquisa e desenvolvimento.
Muitos outros fatores que influenciam os resultados econômicos encontram-se além dos limites das montadoras. Para obtê-los, de forma ampla e sustentável, é necessário que parceiros e fornecedores sejam mobilizados o quanto antes no processo de pesquisa e desenvolvimento – P&D. Devem participar do esforço de P&D, necessariamente, todos os fornecedores de peças, serviços e soluções de processo, específicos, ou não, para a nova produção.
Um novo produto e uma nova produção, portanto, constituem uma grande oportunidade de projetos de P&D, de patentes, conhecimentos, manuais e procedimentos, de metodologias de análise e experimentação, de padronização e normatização. Todas essas atividades são incentivadas pelo Programa Rota 2030, que cumulativamente com a Lei do Bem, constituem um adequado arcabouço legal de benefícios fiscais.
Qualquer um dos elos da cadeia, especialmente, fornecedores de peças e serviços, pode se beneficiar do incentivo. Por tanto, habilitar-se ao Rota 2030, sem dúvida, ajudará o país a gerar empregos de alta qualificação. As possíveis reduções de custo em pesquisa e desenvolvimento são da ordem de 10,2 a 39,7%.