Omnicanal se consolida como tendência do varejo -

Omnicanal se consolida como tendência do varejo

A National Retail Federation (NRF), maior feira de varejo do mundo, define a cada ano as tendências do setor. A última edição mostrou que o omnicanal é tendência presente, ou seja, a multiplicidade de canais de relacionamento com o cliente além da loja física, como e-commerce, social commerce e televendas.

Se há três anos víamos os primeiros pilotos de gestão omnicanal, hoje 75% das empresas americanas declaram já ter implementado o serviço e outros 15% asseguram ter plano para tal. Mas muitos ainda enfrentam dificuldades na gestão. Com a aplicação de diferentes tecnologias os varejistas buscam mais informações, e de qualidade, sobre o que ocorre na loja.

Duas razões levam as empresas até as informações coletadas nas lojas. A primeira é o desenvolvimento do omnicanal, onde cada loja se transforma em um Centro de Distribuição. Um exemplo é a maior rede de produtos para casa do mundo, a Home Depot, onde 100% das vendas online saem das lojas. Se o tema da precisão dos estoques nas lojas já ganhava peso para reduzir a ruptura e os estoques, o ominicanal reforçou a importância de dados corretos, e em tempo real.

A segunda razão é que gestores se acostumaram a ter uma fonte gigantesca de informações sobre o consumidor digital: qual produto o interessou, quantas vezes acessou o site, se ele passou na loja, qual é sua reatividade ao preço. Hoje há demanda pelo mesmo nível de informação em lojas físicas.

As novas tecnologias tentam apoiar essa ambição, não apenas para ter informações de qualidade, mas para balizar a tomada de decisão ao nível da loja, com algoritmos definidos de forma centralizada.

Existente há mais de 15 anos, a identificação por rádio-frequência está retornando às empresas para garantir alta precisão de estoque e comunicá-lo aos clientes. Tecnologias de reconhecimento de imagem também se desenvolveram para facilitar a detecção de rupturas, de alteração de planograma, de atratividade de um linear. O exemplo mais marcante é a inauguração este ano da loja sem caixas da Amazon, nos Estados Unidos.

Em um país continental como o Brasil, as lojas devem ser como centros logísticos e a tecnologia pode ajudar grandes redes de varejo a ter uma gestão mais precisa e independente de expertises locais. Ainda há, porém, uma barreira cultural a quebrar, pois os algoritmos utilizados não são explicáveis, e os usuários deverão acreditar na máquina. Mesmo concluída a transição omnicanal, a NRF nos mostra que o varejo continua se transformando, se adaptando às evoluções das expectativas e das mentalidades dos consumidores.


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