Duas novas questões estavam postas às mesas dos empresários e gestores desse mercado de manutenção: o abastecimento dos estoques e o nível dos preços praticados.
Mais uma vez a Novo Meio, através do AfterLab, seu núcleo de pesquisas, usou a ciência e a experiência dos seus profissionais para gerar um novo produto, o ONDA – Oscilações nos Níveis de Abastecimento e Preços do Aftermarket Automotivo, que agora investiga semanalmente as eventuais faltas de produtos e também as variações dos preços praticados para o varejo de autopeças de veículos leves em todo o Brasil.
O segmento foi mais uma vez escolhido para ser fonte dessas pesquisas por se apresentar como o canal mais sensível e efetivo para a medição de movimentações e oscilações referentes as atividades comerciais dessa cadeia de negócios.
O inédito indicador criado a partir da aplicação de questionários aos varejistas de todo o país, ouviu as respostas dos entrevistados para essas perguntas:
- Qual o índice de falta de produtos em suas compras realizadas na última semana?
- Quais são os componentes que mais faltaram, se houve falhas de fornecimento?
- Sobre os preços praticados na semana anterior, houve aumentos, se sim, em que percentual?
- Quais são os componentes que mais aumentaram, se houve efetivamente alteração de preços?
Vamos então às respostas a essa primeira edição do trabalho:
falta de produto 4,59% – aumento de preço, por coincidência um índice próximo, 4,60%.
Reparem que esses números baseiam-se na referência da semana anterior da atividade varejista, assim, faltaram quase 5% mais peças em suas compras e aumentaram os preços em também quase 5%, segundo o que era praticado no mesmo período semanal anterior.
Regionalmente vemos importantes variações no abastecimento, ficando a maior falta de peças apontada no Sudeste com 5,74% e a menor no Norte com 0,79%, sinal claro da melhora na movimentação das compras em uma região e a completa estagnação da outra.
Já na variação nos custos das mercadorias, destaque para o aumento de 6,56%, segundo os empresários varejistas do centro do país e 3,09% dos seus pares de negócios do Sul, ficando entre esses os aumentos nas demais regiões, confirmando uma padronização nacional na variação nos preços dos componentes automotivos apurados nessa primeira edição da pesquisa.
As questões seguintes, pediam especificação sobre os produtos ou sistema que mais contribuíram para formar o índice de faltas e de aumentos, e foram assim respondidas.
Ranking de produtos com maior deficiência de abastecimento:
- Importados: 16,1%
- Filtros: 14,5%
- Motor: 12,9%
- Suspensão: 11,3%
- Geral e produtos de menor giro: 9,7%
Destaque para as dificuldades de reposição dos itens para veículos importados, claro sinal da instabilidade cambial e da paralização do mercado chinês, maior fornecedor mundial de componentes automotivos, seguido dos filtros e peças para motor, suspensão e itens em geral, sobretudo os de menor giro, quase sempre mais esquecidas nas reposições dos grandes estoques quando da retração das atividades comerciais.
Agora vejamos o ranking de produtos com maior variação de preços:
- Geral: 26,6%
- Óleos lubrificantes: 14,1%
- Motor: 10,9%
- Filtros: 9,4%
- Importados: 7,8%
Esses números trazem evidências de aumentos generalizados, com proeminência em seguida para a commodity dos lubrificantes, e também para os componentes de motor e os filtros, ficando a surpresa para os itens importados, que apareceram somente na quinta posição dessa lista, mesmo com toda a pressão cambial, número talvez subtraído pela sensação de muitos aumentos praticados em todas linhas de produtos para o varejo de autopeças nesses dias.
Assim, como na realização do MAPA – Movimento das Atividades em Peças e Acessórios, que mede semanalmente índices de vendas e compras nas lojas de autopeças, esse novo estudo também será aplicado a cada semana para a identificação no tempo exato das necessidades do setor de eventuais oscilações nas decisivas disciplinas de abastecimento e preços.