Pandemia causou prejuízo de R$ 41,2 bilhões nas vendas de veículos -

Pandemia causou prejuízo de R$ 41,2 bilhões nas vendas de veículos

O prejuízo nas vendas de veículos soma-se a de outros setores e atinge a marca de R$ 225,7 bilhões

FecomercioSP

Dados divulgados pela FecomercioSP revelam que as vendas de veículos caíram em 2020 deixando um prejuízo de R$ 41,2 bilhões (queda de 11,5% na comparação com 2019). De acordo com a Federação, os números refletem a situação das famílias durante a pandemia, que evitaram aumentar os gastos mediante a um cenário, de desemprego e inseguranças.

O prejuízo nas vendas de veículos soma-se a de outros setores e atinge a marca de R$ 225,7 bilhões. Segundo a FecomercioSP esse foi o volume de perdas totais contabilizado em 2020 pelo turismo, pelos serviços, pelo segmento de veículos e pelo varejo não essencial no Brasil – as áreas mais impactadas pela pandemia entre os setores e segmentos. Para se ter uma ideia da perda, esse montante é maior do que tudo o que países como a Sérvia (R$ 222 bilhões) e a Tunísia (R$ 214 bilhões) produzem em um intervalo de um ano. Os dados fazem parte de um levantamento produzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

O estudo mostra ainda que muitos deles não devem se recuperar neste ano: a expectativa é que o varejo essencial experimente uma retração de 1%, e que o turismo, mesmo com a retomada das suas atividades, ainda acabe 2021 no vermelho: -5% de receitas (Tabela 1) depois de uma variação expressiva para baixo em 2020, que beirou os 40%.

De fato, o turismo brasileiro perdeu R$ 52,1 bilhões em faturamento em 2020 em comparação ao ano anterior, considerando a correção da inflação acumulada no período. O resultado foi um dos piores da história do setor, representando uma queda de 38,1% em comparação com o que o setor faturou em 2019.

Mas quem mais perdeu no ano passado foram os serviços que, pelos dados, faturaram praticamente R$ 100 bilhões a menos em relação a 2019 – uma retração de 11,7%. Eles foram os mais afetados por diferentes medidas de restrição de circulação adotadas como forma de conter a disseminação do covid-19 e que, para esses agentes, significaram passar longos períodos com as portas fechadas.

Entra na conta ainda o varejo não essencial, como lojas de roupas, por exemplo, que fechou 2020 com um rombo de R$ 32 bilhões em comparação ao ano anterior, representando a perda de um décimo do seu tamanho (-10,3%).


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