Pandemia leva à retração de 6,7% na atividade econômica -

Pandemia leva à retração de 6,7% na atividade econômica

O levantamento O impacto regional da pandemia nos três grandes setores econômicos mostra quais os estados brasileiros sofreram mais fortemente os efeitos da covid-19.

Agência Brasil

Estudo divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) revela que a atividade econômica no Brasil experimentou retração de 6,7% no período de 12 meses, iniciado em março de 2020, com o surgimento da pandemia do novo coronavírus, até fevereiro de 2021.

O levantamento O impacto regional da pandemia nos três grandes setores econômicos mostra quais os estados brasileiros sofreram mais fortemente os efeitos da covid-19.

Serviços

No setor de serviços, os estados da Bahia e do Ceará, que têm maior peso do setor no PIB, apresentam as piores taxas, de -16,2,% e -15,3%, respectivamente. No Rio de Janeiro, onde o setor tem peso de quase 70% no PIB, a queda foi de 8,6%

Além da Bahia, do Ceará e do Rio de Janeiro, foram avaliados os resultados do Rio Grande do Sul (-13%), Pernambuco (-14,6%), Espírito Santo (-7%), São Paulo (-8,1%), Paraná (-10,6%), Goiás (-7,2%), Minas Gerais (-5,2%), Mato Grosso (-2,2%), Santa Catarina (-2,9%) e Pará (-0,7%). Na análise setorial, o setor de serviços teve taxa positiva somente no Amazonas (+0,6%), explicada pelo desempenho do segmento de logística, que teve grande escalada de demanda por conta do crescimento das vendas ‘online’.

Comércio e indústria

No comércio, metade dos estados analisados registrou taxa negativa. São eles Bahia (-8,5%), Rio Grande do Sul (-6,7%), Ceará (-5,7%), São Paulo (-4,4%), Rio de Janeiro (-4,2%), Goiás (-3,1%) e Paraná (-1,2%).

No Brasil, a atividade do comércio caiu 1,9% entre março de 2020 e fevereiro deste ano. Pará teve o melhor desempenho no comércio (+8,1%), explicado, principalmente, pelas vendas no e-commerce ( comércio eletrônico). O setor evoluiu de forma positiva também em Pernambuco e Mato Grosso (+0,1% cada), Santa Catarina (+1,9%), Amazonas (+2,4%), Minas Gerais (+2,8%) e Espírito Santo (+3,6%).

A indústria registrou taxa positiva somente em Pernambuco (+3%) e no Pará (+0,1%). Nesse estado, o destaque vai para a indústria extrativa, impulsionada pelas exportações de mínério de ferro, informou Goulart.

As maiores quedas no setor industrial foram observadas no Espírito Santo (-13,9%) e na Bahia (-9,3%). Na Bahia, segundo Goulart, o estado sofreu muito com a queda da produção de veículos (-55,5% na taxa acumulada em doze meses até fevereiro de 2021), intensificada pelo fechamento da fábrica da Ford, em Camaçari.


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