Paralisação das montadoras afeta indústria de autopeças -

Paralisação das montadoras afeta indústria de autopeças

Desaceleração do mercado automobilístico começa a provocar efeitos também no setor de autopeças, que prevê interrupção na produção com redução da jornada de funcionários e férias coletivas.

G1

A paralisação de montadoras no Brasil por conta da desaceleração do mercado automobilístico começa a provocar impactos também no setor de autopeças, que prevê períodos de interrupção na produção e redução na jornada dos funcionários.

Com os trabalhos parados nas fabricantes de veículos, as indústrias de autopeças do país são diretamente afetadas, já que, na teoria, não haverá para quem vender os equipamentos nas próximas semanas, período em que diversas montadoras estarão em férias coletivas.

São José dos Campos

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) informou que, das três maiores fábricas de autopeças da cidade, duas iniciaram um período de férias coletivas aos funcionários.

egundo o órgão, a redução na produção foi motivada em reflexo às férias coletivas adotadas pela Hyundai.

TI Automotive:

  • férias coletivas: do dia 20 ao dia 31 de março
  • número de funcionários afetados: 90 (total de 350 funcionários)

Parker Hannifin:

  • férias coletivas: do dia 20 ao dia 31 de março
  • número de funcionários afetados: 100 (total de 300 funcionários)

Outras indústrias do município, como a Eaton e a Prolind, ainda não foram impactadas diretamente.

Taubaté

Já em Taubaté (SP), cidade vizinha de São José, o Sindicato dos Metalúrgicos (Sindmetau) informou que apenas três indústrias da cidade foram afetadas até o momento. Sã elas: Goodyear, SM e SAS.

De acordo com o sindicato, elas somam 202 funcionários e darão férias coletivas a 95% do quadro no mesmo período de férias da Volkswagen.

Outras 10 empresas questionadas informaram que, até o momento, não têm previsão de paralisação.

A Gestamp explicou que não tomou nenhuma medida pois ainda não sentiu os impactos, mas que pode ser afetada nas próximas semanas. Férias coletivas, revezamento por banco de horas ou layoff são avaliados.

Segundo a empresa, praticamente todas as montadoras do Brasil são clientes. Além disso, a unidade de Taubaté fornece também peças para outras unidades do país e, por isso, ainda não houve necessidade de interromper a produção.

A Powercoat informou que sentiu os reflexos da desaceleração do mercado, mas até o momento não foi necessário adotar medidas para redução de jornada ou afastamento de funcionários.

Outras indústrias do município que foram acionadas, como por exemplo a Mubea e a Autoliv, ainda não responderam aos questionamentos da reportagem.


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