Claudio Milan [email protected]
A inovação tem sido um dos temas de maior destaque no aftermarket automotivo ao longo dos últimos anos. E não me refiro apenas à orientação editorial deste NovoVarejo, que sistematicamente vem abrindo espaço para conteúdos que contemplam tecnologia e tendências. Na verdade, a inovação dita a pauta dos principais eventos promovidos pelas entidades de representação do mercado de reposição, tamanha é a necessidade de imersão naquilo que será determinante para a sobrevivência dos negócios daqui pra frente. Ou seja, todos os elos de nosso setor estão atentos às novidades.
Pois bem. A inovação parece constituir hoje um grande quebra-cabeças em que as peças vêm se encaixando quase que naturalmente, com harmonia, dia após dia. Esta edição do NovoVarejo de certa forma ilustra este conceito. Explico: reportagem publicada pelo Jornal do Carro no exato momento em que fechávamos esta publicação digital chamava a atenção dos leitores para um dispositivo já utilizado pelas locadoras de veículos que simplesmente tem a capacidade de travar a ignição de carros cujos clientes estejam inadimplentes em suas parcelas de aluguel ou financiamento. Olhando um pouco mais à frente, é possível prever que, no futuro, os carros dotados de recursos mais avançados de condução autônoma serão capazes de não apenas impedir o uso por parte de seus motoristas, mas também até voltar para as respectivas empresas quando objetos de falta de pagamentos. De onde vem tudo isso? Aí entramos nós, com mais um conteúdo exclusivo. Nesta edição, trazemos reportagem com executivo de empresa que fornece tecnologia de conectividade para as montadoras que trata exatamente de possíveis avanços nesta relação cada vez mais complexa entre telefonia celular e automóveis. É a primeira vez que um personagem com este perfil fala ao aftermarket automotivo. Leitura imperdível e que nos leva diretamente à reportagem de capa.
No principal destaque que inaugura o mês de agosto em nossas pautas, voltamos a tratar do programa Loja Legal, uma iniciativa que parte do Sincopeças São Paulo e do Sebrae – com forte engajamento de nosso querido amigo Antonio Carlos Beiram – e que se dedica exatamente a preparar os varejos de componentes automotivos para as transformações que vêm sendo impostas ao setor automotivo – a ponto até de mudar sua nomenclatura para ‘setor da mobilidade’. Percebem como as etapas deste processo evolutivo vão se encaixando? É o tal quebra-cabeças que sugeri no título deste editorial e que talvez traga uma mensagem subliminar em seu bojo. Mais ou menos a seguinte: o mercado está mudando de forma disruptiva. As transformações não são apenas inevitáveis mas, de fato, estão em curso. Lá na ponta da cadeia, cabe aos empresários não ficar assistindo de camarote. É preciso buscar caminhos de aprimoramento e adequação às crescentes exigências que estão a caminho. Um mundo completamente novo espera pelos varejistas de autopeças. É fundamental que estejamos todos preparados para ele.
