Hoje, as consumidoras respondem por 44% das compras de carros novos no Brasil, segundo levantamento do Google.
O número foi compartilhado por Lara Guedes, head para as indústrias automotivas e de entretenimento na empresa no Brasil. O dado foi apurado em análise da jornada de compra feminina na plataforma.
“Descobrimos que as preferências das mulheres em relação aos carros vão muito além dos clichês como querer espaço para colocar a bolsa”, disse a executiva, que participou de bate-papo promovido pelo Jornal do Carro na arena SDA Talks, durante o Salão do Automóvel de São Paulo, encerrado no domingo, 30.
Segundo a especialista, há grande interesse das consumidoras pelo motor do carro, consumo de combustível e segurança. Lara aponta, ainda, que elas pesquisam por mais tempo antes de comprar um automóvel, visitam mais concessionárias e, depois, são mais fiéis à marca escolhida, permanecendo por mais tempo com modelos da mesma fabricante.
Mulheres são clientes, mas têm pouco representatividade nas empresas
Apesar de responder por quase metade das compras de carros novos, o público feminino segue com baixa representatividade dentro das empresas do setor automotivo. Pesquisas apontam que elas são apenas 24% do quadro de funcionários das organizações do segmento – incluindo toda a cadeia de valor, como montadoras, fabricantes de autopeças e tecnologias, concessionárias, etc.
“Na liderança esse número fica ainda menor. É importante lembrar que, se essa indústria vende para todo mundo, precisa também contratar e promover diferentes perfis”, disse Paula Braga, CEO da empresa, durante conversa no SDA Talks.
Embora a RX, organização do Salão do Automóvel não divulgue ainda qual porcentual do público foi composto por mulheres, esta edição do evento parece ter sido mais inclusiva às visitantes.
Nos estandes, o protagonismo foi dos carros, não de mulheres em roupas justas. Raras foram as marcas que apostaram nessa abordagem – e nenhuma delas uma montadora bem estabelecida ou entrando no Brasil de forma estruturada.










