Pesquisa da OLX, maior plataforma de compra e venda online de veículos no Brasil, aponta que a maioria dos consumidores entrevistados, 57%, considera comprar um modelo híbrido neste ano. O levantamento mostra também que somente 14% consideram a compra de um modelo 100% elétrico. Já 29% não planejam adquirir um carro elétrico ou híbrido. O estudo foi realizado em parceria com a MindMiners e entrevistou brasileiros das cinco regiões do país, com o objetivo de avaliar perfis e preferências de consumo.
“A pesquisa aponta que 66% dos entrevistados consideram a possibilidade de pagar mais caro por um veículo híbrido ou elétrico e, dentre os consumidores da Geração Z, chega a 73%. Isso nos leva a concluir que, apesar dos desafios econômicos, os brasileiros preferem investir em carro mais caro, mas que tenha combustível mais barato e tecnologia avançada”, afirma o VP Comercial de Autos do Grupo OLX, Flávio Passos.
A disponibilidade em pagar mais por esses tipos de veículos foi apontada por 67% dos respondentes que possuem carro. Dos que não têm automóvel, essa possibilidade foi citada em 61% das respostas.
Ao serem perguntados sobre quanto estariam dispostos a investir a mais em um carro híbrido ou elétrico, a maioria pretende gastar um valor até 20% maior. Essa resposta foi apontada por 36% dos consumidores que possuem carro e por 36% dos que não têm, conforme mostra o gráfico abaixo.
Tipo de carroceria
O Sedan é o tipo de carro mais desejado ao avaliar o recorte por carroceria, preferência apontada por 32,7% dos entrevistados. O SUV foi o segundo mais apontado, com 30,6% das respostas, e o Hatch o terceiro, com 23,5%.
O estudo também apontou uma tendência: cerca de 50% das pessoas que possuem um carro em determinada categoria pretendem permanecer na mesma ao adquirirem um modelo. Dos respondentes que possuem sedan, 51% pretendem comprar um veículo da mesma categoria. No caso dos proprietários de Hatches, essa porcentagem é de 50%. Em relação aos que têm SUVs, o número é ainda maior: 59% desejam adquirir um automóvel do mesmo tipo.
Por mais espaço e novas tecnologias
A principal motivação técnica para trocar de carro é a necessidade de um modelo maior e melhor, desejo apontado em 37% das respostas, seguido pelo fato de o veículo estar velho (35%). A busca por novas tecnologias foi o terceiro motivo mais indicado em 33% dos retornos da pesquisa.
Enquanto a procura por carro blindado compõe apenas 6% das respostas gerais, dentre os consumidores participantes da Geração Z, a preferência sobe para 20%.
No recorte por classes sociais, a busca de novas tecnologias predomina entre a Classe A (48% das respostas). Já entre os respondentes da B, a idade do veículo é a maior prioridade (42%). Na Classe C, o tamanho do veículo é o item mais relevante (42%).
Consumo de combustível é o fator decisivo
Para 68% dos entrevistados, o consumo de combustível é o fator mais importante na hora de escolher um carro. O custo de manutenção é a segunda resposta mais citada, apontado por 66%. O valor do IPVA foi apontado por 41% dos respondentes.
Itens mais importantes
Sistema de freios automáticos é o componente tecnológico fundamental para um carro de acordo com os participantes da pesquisa, resposta apontada por 100%. Outros itens relevantes mais apontados são câmeras de visão traseira (84%) e sensores de estacionamento, com 70% das indicações.
Sonho em preto e prata
A maioria dos consumidores que possuem automóvel disseram que pretendem adquirir um carro da cor preta (27%) ou prata (26%). Essas duas cores também são as preferidas entre quem não tem carro, porém a cor preta é o grande destaque com 34%.
Carro zero km e seminovo
Para 2024, 55% dos participantes que já possuem veículo pretendem comprar um carro zero quilômetro.
Entre os que ainda não possuem automóvel, a preferência maior é pelo seminovo, o que representa 39% das respostas.
A escolha por modelos usados é mais significativa para aqueles que ainda não são proprietários de carro, em comparação com os que já possuem um veículo.
A maioria dos respondentes não troca de carro há cinco anos ou mais, o que representa 28% das respostas. Já 20% dos participantes fizeram a última troca há mais de três anos.
36% daqueles que ainda não possuem carro afirmaram que teriam um veículo por assinatura. Entre os que já possuem automóvel, essa opção é considerada por 41%.
Pagamento
Dentre os respondentes que não têm veículo e planejam comprar um, 42% pretendem investir até R＄ 30 mil. Já entre as pessoas proprietárias, a maioria pretende investir entre R＄ 31 mil e R＄ 80 mil.
O financiamento parcial é o mais visado pelos proprietários de veículos (47%), já que possuem uma capacidade financeira mais robusta, uma vez que podem utilizar o atual automóvel como parte do pagamento. A maioria desses respondentes, 82%, disse que pretende usar o valor da venda para esse fim.
Ao considerar os que ainda não têm carro, 31% preferem o financiamento parcial, 30% pretendem pagar à vista e 29% almejam o financiamento total.
Compra entre seis e 12 meses
Dentre os entrevistados que possuem automóvel, 29% desejam trocá-lo nos próximos seis meses, enquanto 26% pretendem adquiri-lo daqui a um ano.
Ao considerar os respondentes que ainda não têm um veículo, 30% querem comprá-lo dentro de doze meses, enquanto 25% esperam realizar esse sonho em seis meses.
Carro para locomoção
A maioria dos consumidores quer comprar carro em 2024 para se locomover com a família, desejo apontado por 73%. O deslocamento individual é a segunda resposta mais apontada, com 62%. A busca por renda extra é o objetivo de 19%.
Ao fazer recorte por geração, a Z tem como motivo principal o deslocamento individual (79%), enquanto que para 77% dos que possuem 41 anos ou mais é a locomoção com familiares.
Metodologia
A pesquisa quantitativa online foi encomendada pela OLX e realizada por meio da plataforma de human analytics MindMiners entre os dias 07 e 13/12/2023. As respostas foram coletadas por meio do painel de respondentes proprietário também da MindMiners, o MeSeems, e totalizou uma amostra de 500 pessoas com a intenção de comprar ou trocar de carro, sendo elas gênero: 52% Mulheres e 48% Homens.
Em relação às faixas de idade, 20% são de 18 a 24 anos; 13% entre 25 e 30 anos; 29% – 31 a 40 anos e 38% – 41% ou mais.
No que tange à classe social: 15% dos respondentes pertencem à A; 13% B1; 27% B2; 29% C1; 14% C2 e 2% D e E.
Dos consumidores entrevistados, 48% são do Sudeste, 23% do Nordeste, 15% do Sul, 9% moram no Centro Oeste e 5% no Norte. Margem de erro do estudo 5% e 95% de confiança.
