Pesquisa revela impactos da pandemia nos hábitos dos consumidores -

Pesquisa revela impactos da pandemia nos hábitos dos consumidores

Survey entrevistou 500 brasileiros e um total de 8.700 consumidores ao redor do mundo. Compras via celular se tornam protagonistas no varejo brasileiro.

Lucas Torres [email protected]

Nos últimos meses, muito se tem falado sobre o fato da pandemia ter acelerado processos digitais e alterado significativamente o ecossistema de negócios de empresas dos mais diferentes segmentos varejistas.

Embora todo estudo de benchmark seja relevante, no entanto, abordar estas alterações ocorridas ao longo dos últimos 18 meses exclusivamente a partir da ótica empresarial pode privar empreendedores de uma prática muito mais poderosa quando o assunto é a manutenção da relevância em um mercado em transformação.

Isso porque mais importante do que acompanhar as tendências seguidas por seus pares e concorrentes é ser capaz de ler e reagir às alterações no âmbito da demanda. Ou seja, saber identificar quais foram os impactos da crise nos hábitos do consumidor, a fim de se diferenciar no seu nicho de atuação a partir de um atendimento mais efetivo e completo aos anseios deste. Para executar essa premissa pra lá de disseminada pelos chamados ‘gurus do varejo’, porém, é preciso ter acesso a dados que ofereçam embasamento para tomar decisões mais assertivas. E é dentro deste contexto que pesquisas como a ‘Global Consumer Insights Survey 2021’, conduzida pela empresa internacional de consultoria e auditoria PwC, ganham importância especial.

Afinal, elas democratizam o acesso à inteligência analítica e municiam uma pluralidade de empreendedores com informações que podem se tornar centrais na formulação e/ou remodelamento de suas estratégias de negócio. Sabedor desta importância, o Novo Varejo separou alguns dos principais insights produzidos pela tradicional pesquisa da PwC. Acompanhe nos tópicos a seguir e utilize as valiosas informações para aprimorar suas estratégias de gestão no Aftermarket Automotivo.

Compras via celular se tonam protagonistas no varejo brasileiro

De abril de 2020 para cá, o movimento de expansão das vendas remotas do setor varejista durante a pandemia do novo coronavírus foi amplamente divulgado. Não era para menos. Afinal, a representatividade do e-commerce no faturamento do varejo literalmente dobrou no período – saindo de 5% para 10% do total arrecadado.

Quando observado a distância, porém, este movimento dos consumidores não oferece todos os subsídios necessários para a adaptação das empresas. Afinal, de acordo com o estudo da PwC, a proporção das pessoas que optam por comprar online via sites tradicionais de e-commerce ainda é relevante, mas perdeu para o mobile a posição de protagonista das vendas remotas.

O survey, que entrevistou 500 consumidores brasileiros ao longo do primeiro semestre deste ano, aponta que o celular é o ‘PDV’ preferido dos consumidores no país. 30% dos participantes do survey apontaram o smartphone como principal canal de compra quando perguntados sobre seus hábitos de consumo diários e semanais. As compras via PC ficaram em segundo lugar, com 29%, enquanto as lojas físicas amargaram o terceiro posto, com 24%. Já os tablets ocuparam a preferência de 14% dos entrevistados – número que, somado aos 30% representados pelos celulares, indica que o universo mobile responde por robustos 44% da preferência de canais dos consumidores. Esta realidade enfatiza a necessidade de oferecer uma atenção especial para a usabilidade dos canais de venda nestes aparelhos, de modo a permitir que o consumidor tenha uma experiência fluida de compra em seus equipamentos portáteis.


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