Pessoas físicas são responsáveis por 77% das compras de peças nos meios digitais -

Pessoas físicas são responsáveis por 77% das compras de peças nos meios digitais

O principal motivo relatado pelos compradores foi “por não encontrar a peça no fornecedor tradicional

Há 50 anos, a configuração da cadeira de comercialização e aplicação de autopeças era denominada “cascata”, conforme nomenclatura criada pelo empresário Willi Borghoff. Embora tenha prevalecido por décadas, hoje a cadeia produtiva passou por muitas transformações. “Em 2022, há uma nova composição na Supply Chain, com uma complexidade de agentes, incluindo fabricante, distribuidor nacional e regional, varejo, atacarejo nacional e regional, internet, importador, concessionária, rede de varejos, atacarejo local e ‘desmonte’, além da oficina, com demanda de peças da ordem de R$ 49 bilhões no ano”, afirmou Cassio Hervé, diretor da CINAU – Central de Inteligência Automotiva na palestra “A grande transformação do aftermarket no Brasil” durante a 28ª edição do Seminário da Reposição Automotiva. Nos últimos dois anos, a demanda de peças registrou grande aquecimento. “De 1º de janeiro a 1º de outubro de 2022, o aumento foi de 12,84%”, disse. Mas, em contrapartida, houve também dificuldade para encontrar peças, alavancando as vendas por meio de canais digitais.

De acordo com levantamento do Pulso do Aftermarket, 77% das compras nos meios digitais foram realizadas por pessoas físicas e somente 23% por jurídicas. No entanto, o principal motivo relatado pelos compradores foi “por não encontrar a peça no fornecedor tradicional”. “Adquirir peças erradas” foi a maior preocupação citada pelos compradores na compra pela internet. No âmbito digital, a logística afeta diretamente a produtividade da oficina já que a entrega demorou mais de 3 dias úteis em quase metade das compras efetuadas, segundo a pesquisa. Segundo Hervé, nos fornecedores tradicionais, a logística funcionou melhor mesmo com as adversidades “76% foi entregue no mesmo dia”. Segundo o Pulso do Aftermarket, com a normalização do abastecimento, as compras serão concentradas novamente nos fornecedores tradicionais (91%). Ao final da apresentação, Hervé fez algumas considerações relevantes sobre o aftermarket, entre elas, destacou que o reparador brasileiro é “hevy user” do ambiente digital e que a diversidade de SKUs empurra, muitas vezes, para a compra on-line.


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