Preços dos carros disparam devido a dólar em alta e quebra na cadeia produtiva -

Preços dos carros disparam devido a dólar em alta e quebra na cadeia produtiva

Um levantamento da Bright Consulting, especializada no setor automotivo, identifica uma alta ainda maior, de quase 20% entre dezembro de 2020 e agosto de 2021, considerando o ticket médio de preços de veículos de passageiros e comerciais leves zero km, que chegou a R$ 106.808.

Valor Econômico

Uma combinação de desorganização na cadeia produtiva causada pela pandemia de covid-19, alta do dólar e do aço e busca por automóveis com cada vez mais tecnologia fez disparar os preços dos veículos novos no país, movimento que se estende aos usados. Nos 12 meses até agosto, a variação do preço de automóveis novos foi de quase 10% (9,76%), segundo os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país. No caso de automóvel usado, essa variação foi ainda maior, de 12,48%. Os dois subitens aparecem entre oito primeiros de maior pressão na inflação medida pelo IPCA, que contempla 377 subitens, tanto em 2021 quanto nos 12 meses encerrados em agosto.

Um levantamento da Bright Consulting, especializada no setor automotivo, identifica uma alta ainda maior, de quase 20% entre dezembro de 2020 e agosto de 2021, considerando o ticket médio de preços de veículos de passageiros e comerciais leves zero km, que chegou a R$ 106.808. É a maior variação na série histórica da pesquisa, iniciada em 2003. E a tendência de valorização de preços deve continuar, apontam economistas e especialistas na indústria automobilística. A expectativa é que os ajustes na cadeia produtiva só avancem ao longo de 2022 e ainda há cautela quanto ao efeito do câmbio no próximo ano. Projeção da LCA Consultores estima alta de 10,7% do preço do automóvel novo em 2021 e 5,1% em 2022. Para o automóvel usado, a expectativa é de alta de 12,2% e 4,2%, respectivamente.


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