Por Redação Novo Meio
O setor supermercadista representa um dos mais maduros modelos de varejo em operação no Brasil. Para o segmento de autopeças, oferece benchmarking permanente em razão das constantes inovações implementadas – especialmente para as lojas que adotam o conceito de gôndolas para vender acessórios e componentes automotivos.
Uma vez que os estudos de comportamento dos consumidores são raros na reposição independente, alguns dados obtidos junto a outros setores com certeza agregam valor aos gestores dos varejos de autopeças.
No caso dos supermercados, algumas semelhanças com o varejo de autopeças se destacam. Embora – ao contrário do setor automotivo – haja grandes redes em operação, o segmento também é marcado pela pulverização. Segundo a ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados), as cinco maiores empresas da área concentraram apenas 35% dos R$ 355,7 bilhões – ou 5,2% do PIB nacional – faturados pelo setor no último ano. O ambiente competitivo engloba quase 90 mil estabelecimentos espalhados pelo território brasileiro (ABRAS/2018) e gera uma rivalidade intensa, que se materializa nas famosas guerras de preços. Neste sentido, o preço se torna um fator fundamental para a competitividade das empresas – e não apenas o preço em si, mas a sua percepção pelos clientes.
É exatamente isso que revela o estudo “A percepção de preço no setor de supermercados no Brasil” recentemente produzido pela dunnhumby, líder global em ciência de dados do consumidor. O trabalho demonstrou que cerca de 39% da satisfação dos clientes está ligada aos preços e promoções praticados pelos varejistas.
O estudo conclui que, em um universo em que as lojas enfrentam margens de lucro cada vez menores, o entendimento dos fatores que influenciam a percepção de preço pode ser a chave para criar uma real vantagem competitiva. Além disso, os varejistas precisam fazer com que seus diferenciais nesse sentido sejam notados em meio à poluição informativa.