Predizendo a inovação -

Predizendo a inovação

A manutenção preditiva já faz parte da realidade dos proprietários de automóveis ditos ‘premium’. Chegará, sem qualquer dúvida, aos carros que usamos no dia a dia.

A telemetria automotiva foi tema de nossa reportagem de capa na recente edição 444, de 1º de outubro. Essa tecnologia, que os apreciadores da Fórmula 1 já conhecem há algum tempo, é a base para a concretização de um conceito muito interessante que tratamos na reportagem e que, com certa satisfação, vimos também ser mencionado em algumas vezes no Seminário da Reposição Automotiva, realizado em 15 de outubro em São Paulo: a manutenção preditiva. Isso apenas confirma a relevância da pauta que trouxemos em nossas páginas na última edição. E, também, muito, mas muito mesmo, antes dela.

Em março de 2005, chegava às mãos de nossos leitores uma nova edição da revista Mais Automotive, outra publicação da Novomeio Hub de Mídia, que também dedicava sua reportagem de capa à manutenção preditiva. Isso apenas confirma a relevância da pauta que trouxemos em nossas páginas na última edição. O texto chamava a atenção para o fato de existirem na época – como, infelizmente, ainda existem – grandes dificuldades para estabelecer junto aos consumidores a cultura da manutenção preventiva. No entanto, isso não era motivo para não ir além desta prática e começar a planejar estratégias capazes de predizer falhas e defeitos nos veículos dos clientes. Se você acompanha com atenção as reportagens que temos publicado nestes mais de 30 anos de história da Nhm, sabe que nossa quase obsessão por tendências e inovações nos faz, muitas vezes, viajar para um futuro distante, que em certas ocasiões parece existir apenas no mundo da ficção. Só que o futuro de vez em quando chega.

É mais ou menos o caso da manutenção preditiva. Em 2005, quando esmiuçamos o assunto com base nas tecnologias disponíveis na época, não existia a possibilidade de comprar um carro ou caminhão com recursos de conectividade, fundamentais para transmitir a um estabelecimento de manutenção – seja concessionária ou oficina independente – os defeitos que já surgiram ou estão prestes a acontecer. Como vimos na edição de 1º de outubro, a manutenção preditiva é hoje amplamente utilizada por frotistas da linha pesada como forma de reduzir as paradas para conserto e os custos com a correção de falhas. As informações são transmitidas pela telemetria do veículo conectado. Também escrevemos que o conceito ainda está, na opinião dos engenheiros automotivos, um pouco distante dos carros de passeio. Só que esta equação cada vez mais deve considerar a velocidade com que as trans – formações vêm ocorrendo nos últimos tempos. A manutenção preditiva já faz parte da realidade dos proprietários de automóveis ditos ‘premium’. Chegará, sem qualquer dúvida, aos carros que usamos no dia a dia. O impacto dessa evolução no aftermarket automotivo também vem sendo tratado periodicamente em nossas reportagens. E aí, de novo, sobrepõe-se a urgência do Right to Repair / Right to Connect. O mercado como um todo precisa ter a exata noção das consequências da revolução que vem sendo construída hoje. E agir com firmeza para proteger suas empresas e a liberdade de escolha dos consumidores. De nossa parte, mesmo que às vezes com antecedência até exagerada, vamos continuar predizendo as inovações que um dia virão.

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