Presidente do Sincopeças Brasil admite que questão da substituição das autopeças em garantia é complexa -

Presidente do Sincopeças Brasil admite que questão da substituição das autopeças em garantia é complexa

Varejo e distribuidores se queixam da falta de suporte da indústria em relação a uma resposta mais rápida sobre o laudo de diagnóstico da causa do defeito do componente e a possibilidade de substituição ou não do produto devolvido.

Convidado a opinar sobre a questão da substituição das autopeças em garantia, o presidente do Sincopeças Brasil, Ranieri Leitão, enviou sua avaliação sobre o assunto:

“Isso é um grande imbróglio. A gente sabe que hoje, na grande maioria das fábricas de autopeças brasileiras, é imposto um cuidado importante com uma coisa que se chama qualidade. Ou seja, o cuidado com os processos de fabricação da peça e com a logística de envio para os distribuidores.

Também percebo que os importadores têm cada vez mais se preocupado com essa questão, inclusive quando se trata de peças chinesas, por exemplo.

Por outro lado, muitos profissionais da mecânica automotiva não se qualificaram o suficiente para evitar problemas de instalação de peças. Mas não são só eles.

Alguns vendedores de peças nos varejos, nossos balconistas, insistem em dar aquele famoso ‘jeitinho brasileiro’, dizendo “essa peça aqui é quase igual à que você precisa, pode colocar que dá certo”. E isso tem trazido, realmente, diversos problemas.

E aí, de quem é a culpa? Da fábrica, que fez a peça? Da loja, que vendeu? Ou do reparador, que colocou?

Na minha opinião não é fácil encontrar esse equilíbrio, mas, ao mesmo tempo, é importante que busquemos uma regulamentação. No passado já pensamos em fazer isso, na Autop de 2014, mas nós sentimos uma dificuldade muito grande das fábricas estarem dispostas a ter um envolvimento com a proposta e se adequarem a uma cartilha que a gente gostaria de fazer para dar essa regulamentação das garantias.

O certo é que o consumidor não pode ficar com o prejuízo de uma peça ou mal fabricada, ou vendida de maneira equivocada por um balconista que não se preocupou em vender a peça absolutamente adequada para aquele veículo, ou mal aplicada por uma falta de responsabilidade e/ou qualificação”.


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