Presidentes de redes de varejo destacam fim da concorrência predatória -

Presidentes de redes de varejo destacam fim da concorrência predatória

Para explorar o tema da competição associativa no mercado de autopeças e seu case de sucesso no Ceará sob a perspectiva da teoria e de seus idealizadores, nossa reportagem ouviu dos presidentes de duas das principais redes do estado – Sueli Cardoso e Nailson Galdino, de Ibiauto e Caripeças, respectivamente – suas impressões sobre a contribuição das associações para o sucesso individual das empresas.

Novo Varejo – Quais vantagens competitivas a rede proporciona às empresas integrantes?

Nailson Galdino – São várias e vão desde a negociação de melhores tarifas junto às administradoras de cartão de crédito, passando por formação técnica, plano de saúde para os componentes da rede e, o que considero mais importante, a união do setor automotivo da região.

Sueli Cardoso – A rede nos insere no calendário de capacitação da região. Participamos sempre da feira de negócios de Ibiapa, fazemos missões empresariais constantes, visitamos as fábricas e realizamos promoções conjuntas constantemente.

 

NV – O fato de, na maior parte das vezes, as empresas que integram uma rede serem concorrentes faz com que o setor acabe se desenvolvendo como um todo?

NG – Sem dúvida! Com a rede sai de cena a tão prejudicial concorrência predatória e entra a parceria, fortalecendo o setor na região do Cariri Cearense.

SC – Como grupo passamos a ser mais vistos e a diminuição da concorrência predatória com certeza nos fortalece e impede que clientes recorram a outra cidade ou região para comprar peças.

 

NV – Qual o papel do Sebrae e do Sincopeças nas ações de desenvolvimento e aprimoramento da gestão das empresas da rede?

NG – Ambos têm papel fundamental, já que a maioria das empresas que compõem nossa rede participou de um projeto de capacitação promovido pelo Sebrae e o Sistema SSA que acabou sendo um divisor de águas no nosso modo de gerenciar.

SC – Com apoio total para o desenvolvimento do setor como um todo, expandindo nossa visão do que é a administração de um negócio e como funciona o varejo de autopeças na atualidade.

 

NV – Como presidente da rede, qual seu papel na integração das empresas componentes e na atuação como elo entre as demandas do setor e as ofertas de capacitação oferecidas?

NG – A principal função é servir como elo entre o Sebrae, os bancos, os fornecedores e outros players que possam ofertar melhorias para a rede e as empresas integrantes.

SC – Buscar apoio do Sebrae e do Sincopeças, além de analisar propostas diversas, observar onde a rede encaixa, levar para o grupo e incentivar que todos participem das decisões conjuntas.

 

NV – Qual é a relação de independência de cada uma das lojas componentes da rede? NG – Temos um regimento interno que serve como norte de nossas decisões. Entretanto, todo membro goza de autonomia para as decisões corriqueiras. Quando se trata de um assunto maior, marcamos uma assembleia ou decidimos nas reuniões mensais. Em casos mais simples, mas de interesse coletivo, decidimos por votação de maioria pelo nosso grupo no Whatsapp.

SC – As empresas seguem tendo sua política de trabalho interna. A rede é composta, majoritariamente, para aniquilar a concorrência predatória e desmedida, exigindo que os concorrentes respeitem questões como o limite de descontos em produtos, por exemplo, sempre visando ética e a lealdade.


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