Quatro pilares sustentam a gestão de sucesso no varejo -

Quatro pilares sustentam a gestão de sucesso no varejo

Fórum realizado pelo Sincopeças na Automec tratou do assunto e apontou caminhos para garantir mais eficiência na condução das lojas de autopeças

 

Por Redação Novo Meio ([email protected])

O Sincopeças São Paulo realizou na Automec o Fórum Gestão Inteligente e Recuperação Tributária. O evento debateu dois temas importantes para os empresários e gestores do segmento: “Os 4 pilares da gestão de sucesso”, com Anderson Souza, Arte Fiscal Contabilidade; e “Recuperação de crédito fiscal”, com o Dr. Renato Paladino, RDG Sociedade de Advogados.

“Depois de superar a maior crise econômica já vivenciada no Brasil, estamos otimistas para a retomada dos negócios”, analisou Francisco De La Tôrre, presidente da entidade, na abertura do evento. “Um dos indicativos que respaldam nosso otimismo é a Automec, que já se tornou a maior feira B2B da América Latina, considerando todos os setores. Nosso mercado está a cada dia mais competitivo e novos entrantes que não têm o DNA do comércio de autopeças se utilizam das novas plataformas digitais para concorrer com os varejos já estabelecidos. O Sincopeças entende que é fundamental, nesse momento, tratar do tema ‘gestão’”, finalizou De La Tôrre.

E foi exatamente esse o foco do Fórum Sincopeças realizado na 14ª Automec. O evento contou com a participação de aproximadamente 150 convidados – incluindo caravanas que vieram de cidades como São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Belo Horizonte, Toledo e Bauru.

O conteúdo relativo à recuperação tributária já foi tratado por reportagem do Novo Varejo nesta matéria aqui.

A seguir, detalhamos a palestra de Anderson Souza, que detalhou a gestão inteligente nas lojas.

Os caminhos para a gestão eficiente

Sócio e fundador das empresas Equilíbrio Contábil e Arte Fiscal Consultoria Tributária, Anderson Souza debateu com os varejistas presentes ao fórum do Sincopeças “os 4 pilares da gestão de sucesso”.

Segundo o especialista, o 1º pilar que deve ser considerado é a “Gestão Estratégica”, que exige a escolha do foco. “As pessoas que não definem o foco ficam perdidas e saem atirando para todos os lados”. Souza aconselha que o gestor precisa se programar com calma, avaliar bem qual o momento vivido por sua empresa, saber aonde pretende chegar e ter em mente os passos que precisa executar em cada fase do processo. Só a partir daí é possível definir as funções prioritárias que devem ser adotadas para a criação de um organograma que interligue todos os envolvidos no sistema. O passo seguinte nesse processo é o procedimento que deve ser adotado de forma bem planejada para evitar problemas como, por exemplo, a simples saída de um dos colaboradores. Isso, caso ocorra, deve ter um impacto irrelevante em todo o processo. O especialista também alertou para os cuidados que precisam ser tomados quando o gestor define as metas. “As pessoas tratam metas muitas vezes como sonho e estipulam objetivos muito altos, que são inalcançáveis, e, com isso, acabam desestimulando o colaborador. Ou você dá as ferramentas para executá-los ou não deve estipular metas inatingíveis”.

O 2º pilar que sustenta a gestão inteligente é a “Tecnologia e o Empreendedorismo”. “A tecnologia é o pilar de tudo, em todos os setores a gente via falar de tecnologia. Mas a comunicação, que é uma ferramenta essencial para evolução de todo o processo, ainda é muito ruim”, ressalta Souza. A empresa precisa, por exemplo, mudar a linha de ação em relação ao trabalho dos contadores, que não podem ser mais meros despachantes e devem se tornar consultores que centralizam a operação na empresa e passam a trabalhar online. “Isso será fundamental para tirar o que é braçal para que o contador seja o gestor junto com o empreendedor, de forma que ele possa gerar indicadores para a empresa”, recomenda.

O 3º pilar está alicerçado no “Marketing e Vendas” – marketing que a empresa deve adotar a partir dos indicadores gerados pelos 2 pilares anteriores. “As empresas ainda estão utilizando pouco as redes sociais. Ainda estão fazendo muito atendimento no balcão. O cliente quer agilidade”, pondera Anderson Souza. Ele alerta para o fato de que as empresas deveriam mostrar mais os benefícios em comprar com elas do que exatamente ficar vendendo as características do produto.

O especialista diz ainda que o gestor deve se preocupar com a relação entre a empresa e o consumidor, que não é um mero comprador do seu produto. “Pessoas compram pessoas”, sentencia para definir como o bom relacionamento com os clientes vai ser fundamental para o sucesso da empresa.

Ele cita, ainda, como fundamental o investimento nas redes sociais para descobrir o que o cliente espera da empresa e quais são as linhas de comunicação oferecidas. Anderson apresenta um dado para embasar seu raciocínio: “Durante um ano, foi pesquisada por mês uma média de 300 mil pesquisas relacionadas a serviços de autopeças no Google. E 60% delas foram realizadas pelo celular”.

Finalizando sua apresentação, Anderson Souza destaca o 4º pilar fundamental para a gestão eficiente: o “Planejamento Tributário”, que é o mais importante de todos na visão do especialista. “As empresas estão perdendo muito dinheiro porque não estão fazendo Planejamento Tributário. Mas o pior é que não estão só perdendo dinheiro, estão saindo do mercado”. Nesse ponto, o especialista chama a atenção para as oportunidades legais que permitem a recuperação de tributos pagos a mais citando como exemplo o ressarcimento do ICMS-ST. “Olhar se seus produtos são monofásicos ou não para a questão da cobrança de PIS-Cofins é um ponto que tem que ser analisado. Se já ajustar isso, é um bom andamento”.

Anderson Souza destaca também a importância da Portaria CAT 42/2018, que beneficia empresas estabelecidas no Estado de São Paulo para que efetuem o ressarcimento ou complemento do ICMS retido por Substituição Tributária.


Notícias Relacionadas
Read More

Com 63,8% das famílias endividadas e sem perspectiva de consumo, FecomercioSP orienta empresários a se planejarem para a crise

A necessidade da quarentena para evitar ainda mais a proliferação do coronavírus interferiu drasticamente na economia, com 460 mil estabelecimentos impedidos de realizar atendimentos presenciais no Estado de São Paulo, o que representa 70% do comércio, responsável por 1,3 milhão de empregos formais e faturamento médio de R$ 1 bilhão por dia.