Brasil Econômico
Há pouco mais de dois anos, no segundo trimestre de 2020, os primeiros efeitos econômicos e sociais da pandemia da Covid-19 começaram a ser sentidos nas metrópoles brasileiras, com destaque para a redução da renda do trabalho. Após sucessivas quedas , a renda domiciliar per capita do trabalho nas metrópoles chegava ao pior valor da série histórica no primeiro trimestre de 2022: R$1.448,66. Agora, de acordo com os últimos dados liberados pelo IBGE, entre o primeiro e o segundo trimestres de 2022 houve aumento de 4,8% na renda domiciliar do trabalho, que alcançou a média de R$1.518,35. O valor ainda é 6,5% menor do que aquele encontrado no início de 2020.
As informações estão na décima edição do “Boletim – Desigualdade nas Metrópoles”, produzido em parceria pelo PUCRS Data Social, o INCT Observatório das Metrópoles e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL). Os dados são provenientes da PNAD Contínua trimestral, do IBGE, e dizem respeito à renda domiciliar per capita do trabalho, incluindo o setor informal. O recorte utilizado é o das 22 principais áreas metropolitanas do país, de acordo com as definições do IBGE. Todos os dados estão deflacionados para o segundo trimestre de 2022, de acordo com o IPCA.
O estudo mostra ainda que apesar da melhora recente em alguns indicadores, os dados ainda são muito negativos quando colocados no contexto de toda a série histórica iniciada no ano de 2012. No ano de 2014 o Gini era de aproximadamente 0,58, a renda média chegava a R$ 1.621, e a renda dos 40% mais pobres ficava em R$ 320. São todos indicadores substantivamente melhores do que aqueles encontrados no segundo trimestre de 2022.
Ranking da renda média por região metropolitana:
- Distrito Federal: R$ 2.131,77
- Florianópolis: R$ 1.999,19
- São Paulo: R$ 1.822,81
- Curitiba: R$ 1.693,36
- Porto Alegre: R$ 1.595,06
- Rio de Janeiro: R$ 1.542,05
- Belo Horizonte: R$ 1.517,73
- Goiânia R$ 1.453,33
- Grande Vitória: R$ 1.434,93
- Vale do Rio Cuiabá: R$ 1296,17
- Belém: R$ 1.156,51
- Aracaju: R$ 1.154,25
- Natal: R$ 1.093,18
- Macapá: R$ 1.025,11
- Salvador: R$ 1.071,40
- Fortaleza: R$ 1.019,87
- Teresina: R$ 962,21
- João Pessoa: R$ 957,50
- Maceió: R$ 939,09
- Manaus: R$ 912,05
- Recife: R$ 849,24
- Grande São Luís: R$ 832,58