Reposição será impactada pelas transformações digitais, mas ser humano continuará fundamental -

Reposição será impactada pelas transformações digitais, mas ser humano continuará fundamental

Formadores de opinião do mercado debatem consequências do processo disruptivo para o comércio de autopeças
Formadores de opinião do mercado debatem consequências do processo disruptivo para o comércio de autopeças

Claudio Milan

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O 2º Encontro da Indústria de Autopeças promovido pelo Sindipeças em 5 de abril foi encerrado com um painel dedicado ao mercado de reposição. O debate reuniu formadores de opinião do Aftermarket Automotivo para uma análise das principais conclusões apresentadas pela pesquisa “Mercado de Reposição Automotivo no Brasil – Perspectiva da McKinsey” e foi mediado por Elias Mufarej, diretor de Mercado de Reposição e Fomento à Exportação do Sindipeças e Coordenador do GMA – Grupo de Manutenção Automotiva.

A primeira questão levantada foi a digitalização – mais que uma tendência, uma realidade no setor que exigirá cada vez mais esforços de adequação e investimentos por parte de toda a cadeia.

Delfim Calixto, vice-presidente de aftermarket da Bosch, destacou que a digitalização chegou para ficar e a pandemia apenas acelerou o processo. “Big data, crescimento do e-commerce, surgimento de diversas plataformas digitais. Aprendemos nesse período que não há agora apenas a nossa forma de fazer negócio, temos que nos adaptar a cada dia. O mundo digital derrubou barreiras, criou transparência e aproximou players. Hoje estamos mais envolvidos com toda a cadeia e mais perto do cliente final. O grande desafio para as marcas é se comunicar de forma ágil e efetiva com o público diversos, que busca por informações e respostas. A jornada do cliente tem que ser mais prazerosa, precisamos ajudar a encontrar a peça certa, na hora certa no lugar certo. A analise de dados vai nos ajudar muito na manutenção preditiva”.

Calixto destacou, ainda, dois pontos primordiais: a necessidade de digitalização da cadeia e padronização dos processos. “Sem isso não será possível fazer a análise preditiva, é preciso unir esforços e trabalhar em conjunto. Tempos que unir tecnologia e pessoas. É um ecossistema inteiro cooperando e, ao mesmo tempo, competindo, mas com um propósito de servir o consumidor e tornar sua jornada melhor”.


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