Iniciado há cinco anos sob a idealização e a tutela do presidente do Sincopeças Brasil, Ranieri Leitão, o movimento associativo das empresas cearenses do segmento tem crescido exponencialmente e já conta com a participação de 135 empresas, divididas em 10 redes de negócio.
De acordo com Ranieri, tamanho sucesso em tão pouco tempo só foi possível graças ao esforço integrado da entidade junto ao Sebrae-CE, responsável por estruturar a maior parte do programa por meio de um cronograma de capacitação, palestras e workshops, bem como pelo aporte de recursos direcionados às redes.
“O Sebrae-CE é fundamental no processo, sobretudo no âmbito da capacitação dos líderes das redes que fazem com que todas as empresas integrantes evoluam tanto individualmente como enquanto grupo”, afirma o presidente do Sincopeças-BR.
Ao comentar os desafios do trabalho realizado, o coordenador do projeto pelo Sebrae-CE, Rogério Morais, afirma que a prioridade do conteúdo apresentado é promover um nível de sensibilização capaz de quebrar a barreira inicial da desconfiança e até inimizade entre as empresas concorrentes a fim de que elas se abram para uma relação de cooperação genuína. “No início era muito difícil implementar essa cultura da cooperação em prol de um bem maior, o desenvolvimento do setor como um todo. Mas, depois do sucesso das primeiras redes, acabamos encontrando uma maneira um tanto quanto rápida de semear a semente do associativismo”, introduz Morais. “A partir do momento em que as primeiras redes apresentaram resultados positivos, passamos a promover um calendário de palestras ministradas pelos próprios líderes dessas redes que, ao demonstrar números falando a linguagem de seus pares empreendedores, tornaram essa fase da sensibilização e da superação da desconfiança muito menos árdua”.
Morais conta que, superada a fase inicial, passa-se à execução de um extenso programa de capacitação holística das empresas realizado com o apoio da Universidade de Gestão Corporativa (UGC) – braço educacional criado pelo Sistema SSA do Ceará, composto pelas entidades Sincopeças, Assopeças e Assomotos.
“A UGC torna nosso trabalho mais fácil por contar com uma estrutura voltada à educação empresarial com modelos já definidos de cursos nas modalidades EaD e presencial”, diz o coordenador do Sebrae-CE.
Morais relata que, por ter ‘o luxo’ de contar com esse ambiente já estruturado com conteúdos específicos para o setor, o Sebrae se concentra nesse segundo momento em solidificar a cultura da capacitação nos empresários participantes ao passar uma mensagem muito clara: apenas a cooperação pela cooperação não é suficiente.
Segundo ele, é preciso que todas as empresas passem por melhorias e modernizações internas para que esse ambiente de evolução, interpretado de maneira muito particular por cada um dos diferentes empreendedores, possa resultar em compartilhamento do conhecimento e não do desconhecimento.
