Seminário da Reposição debate carros elétricos, digitalização e estratégias para modernizar setor -

Seminário da Reposição debate carros elétricos, digitalização e estratégias para modernizar setor

Questões que fazem parte do dia a dia dos executivos e profissionais do aftermarket se uniram a inovações que ainda estão por vir para compor o cardápio da 25ª edição do evento.
Por Claudio Milan

Lideranças de todos os elos da cadeia de negócios do aftermarket automotivo brasileira participaram em 15 de outubro da 25ª edição do Seminário da Reposição Automotiva, evento organizado pelo Grupo Photon em conjunto com as entidades que formam o GMA – Grupo de Manutenção Automotiva: Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), Andap (Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças), Sicap (Sindicato do Comércio Atacadista, Importador, Exportador e Distribuidor de Peças, Rolamentos, Acessórios e Componentes da Indústria e para Veículos no Estado de São Paulo), Sincopeças-SP (Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo) e Sindirepa Nacional (associação que representa os Sindirepas estaduais).

Mais uma vez o encontro, realizado em São Paulo, debateu temas que compõem o dia a dia do mercado e outros que configuram tendências, além da apresentação de estratégias que podem contribuir para a necessária transformação do setor em face da gradativa consolidação dessas transformações, muitas delas disruptivas. Entre elas, o processo generalizado de digitalização, eletrificação da frota, fintechs como nova solução de pagamentos, consumidores que desejam experiências e análise dos mercados norte-americano e brasileiro frente às novas tecnologias.

Na abertura do evento, o coordenador desta edição do Seminário e presidente dos Sindirepas Nacional e de São Paulo, Antonio Fiola, destacou a importância do mercado independente, responsável pela manutenção de 80% da frota circulante no país. “Nossa reposição é pautada em relacionamento. Está havendo redução do número de concessionárias – e elas ainda não estão atentas à reparação, a autorizada não olha para a venda da peça. Antigamente o consumidor ia a sete concessionárias para comprar um carro, hoje ele compra pela internet e visita no máximo duas. E na hora de arrumar o carro ele vai com a gente”.

Os representantes de todas as entidades organizadoras se manifestaram sobre os temas mais impactantes para o mercado. Rodrigo Carneiro, presidente da Andap, demonstrou preocupação com o gap entre a evolução tecnológica na produção de veículos e autopeças e a evolução tecnológica da gestão e da informação. “Sou absolutamente sensível à necessidade da inovação, seja disruptiva ou não. E entendo que o mercado brasileiro de autopeças não consegue aceitar algumas ‘inovações disruptivas’ como a aprovação pelo Congresso Nacional da possibilidade de comercialização de peças usadas sem qualquer rastreabilidade e sem qualquer identificação de origem. Vimos também ser anunciada recentemente uma portaria autorizando as seguradoras a utilizarem peças usadas de veículos sinistrados, o que nos deixa bastante inseguros quanto à segurança veicular. E isso acontece porque talvez não estejamos suficientemente articulados para que façamos valer aquilo que conhecemos deste mercado, o que geramos de empregos e de riquezas para o país”.

Representando o Sincopeças de São Paulo, Heber Carvalho destacou o programa Rota 45 – uma referência ao CNAE das empresas de reparação e varejo – como uma ferramenta para o aprimoramento do setor. “É um programa de qualificação e certificação das oficinas e lojas de autopeças elaborado pelo Sincopeças, Sindirepa, Sebrae e IQA”.


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