Serviços rápidos ganham importância nas concessionárias -

Serviços rápidos ganham importância nas concessionárias

Por Claudio Milan ([email protected])

Ainda haverá concessionárias de veículos no Brasil em 2050, mas o setor sofrerá mudanças e terá de passar por uma adequação. A conclusão é de um estudo encomendado pelo Fenabrave ao Instituto ICDP que envolveu um sexto das empresas do segmento no país. O tema foi tratado no 6º Fórum IQA da Qualidade Automotiva por José Maurício Andreta Júnior, vice-presidente da Fenabrave, a federação que congrega dos distribuidores de automóveis. Entre as adequações necessárias, o executivo destacou a redução do espaço físico do showroom, algo que já vem se tornando comum no Brasil – cada metro quadrado hoje precisa ser utilizado. “Você poderá ter farmácia, barbearia, enfim novos negócios dentro da concessionária gerando receita”.

Em relação ao pós-venda, serviço que concorre com o mercado independente, Andreta cita como prioridade absoluta o foco no cliente e a rápida solução dos problemas dele. “Tudo passa pela equipe preparada, treinada, para garantir a satisfação do cliente. Equipamentos de ultima geração, a evolução é brutal”. E o processo evolutivo necessariamente mudará o perfil das áreas de peças e oficinas. “Hoje se busca a eficiência. Uma de nossas empresas, por exemplo, conta com seis boxes de serviço por onde passam 60 carros por dia. Agendamos o serviço e em apenas uma hora entregamos o carro lavado, revisado e polido”. Nesse período, o cliente pode esperar em uma sala confortável com wifi para trabalhar remotamente se for o caso. “O problema da concessionária hoje é manter o carro lá dentro, esse é o grande custo nosso. Nós revisamos um carro com 70 mil quilômetros em 17 minutos e o lavamos em oito”.

Em relação ao balcão de peças de reposição, cada vez mais haverá apenas itens de alto giro. “Antigamente você pedia uma peça e demorava 15 dias para chegar. Hoje você pede às 17 horas e às 8 horas da manhã seguinte está na concessionária. Tenho apenas um funcionário que atende no balcão de peças. Isso é tecnologia e treinamento”, finaliza o executivo.


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