Serviços seguem com recuperação lenta e devem recuar 6,4% em 2020 -

Serviços seguem com recuperação lenta e devem recuar 6,4% em 2020

De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a tendência é que os serviços sigam apresentando uma recuperação tímida até o fim do ano.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aumentou de 5,9% para 6,4% a projeção de recuo no volume de receitas dos serviços em 2020, em função do ritmo lento da reação do setor. A estimativa tem como base os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de setembro, divulgada nesta quinta-feira (12/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a tendência é que os serviços sigam apresentando uma recuperação tímida até o fim do ano. “As medidas de estímulo à economia adotadas no auge da pandemia devem produzir impactos menos significativos daqui para frente”, afirma Tadros.

Segundo a PMS, o volume de receitas dos serviços cresceu 1,8%, em relação a agosto, já descontados os efeitos sazonais. Foi o quarto avanço consecutivo do setor, que chegou a registrar retração de quase 20%, entre março e maio deste ano, e ainda acumula perda de 8% desde o início da pandemia. Na comparação com setembro de 2019, houve variação negativa (-7,2%) pelo sétimo mês consecutivo.

Entre os grupos de atividade, apenas os serviços profissionais administrativos e complementares (-0,6%), que vinham de três altas seguidas, apresentaram queda mensal. Entre os destaques positivos, os serviços prestados às famílias (+9%) foram os que chamaram mais a atenção. “Contudo, mesmo considerando o avanço significativo dos dois últimos meses, já que em agosto houve alta de 35,1%, este segmento ainda apresenta um nível de geração de receitas 8,5% menor que a média anterior do primeiro bimestre deste ano”, ressalta Fabio Bentes, economista da CNC.


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