Sete em cada dez brasileiros esperam um 2024 melhor que este ano de 2023. Mas a divisão da sociedade que marcou a eleição presidencial do ano passado transbordou para a economia, trazendo enormes discrepâncias entre o que esperam petistas e bolsonaristas.
Vivendo no mesmo país, simpatizantes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Jair Bolsonaro (PL) têm expectativas completamente diferentes em relação ao desempenho econômico do Brasil para 2024 e ao seu próprio bem-estar financeiro futuro.
O levantamento mostrou ainda, na população como um todo (petistas, bolsonaristas e os demais), que a possibilidade de aumento da inflação ainda preocupa a maioria (51%), mas que houve diminuição do pessimismo em relação ao desemprego: em pouco mais de três meses caiu de 46% para 39% o total dos que acham que ele pode aumentar.
Os entrevistados em geral também estão mais otimistas em relação à sua situação econômica pessoal, com a maioria (62%) acreditando que ela vai melhorar nos próximos meses. Entre os petistas, com Lula no governo, o percentual sobe para 78%. Já entre os bolsonaristas, ele cai a 46%.
Um percentual ainda maior (70%) acredita em um 2024 melhor que 2023. Mas ocorre a mesma divisão na percepção das duas correntes políticas: 87% dos petistas esperam um ano que vem melhor e apenas 3%, pior. Entre os simpatizantes de Bolsonaro, só a metade (50%) apostam num 2024 melhor, e o percentual dos que aguardam um ano difícil sobe a 30%.