Sindipeças defende o aperfeiçoamento do Rota 2030 -

Sindipeças defende o aperfeiçoamento do Rota 2030

Segundo presidente da entidade, falta integração do País ao mundo por meio de acordos comerciais

Na abertura do 2º Encontro da Indústria de Autopeças, Dan Ioschpe, presidente do Sindipeças, defendeu a criação de uma agenda de competitividade e produtividade e a continuidade e o aperfeiçoamento do programa Rota 2030. Segundo ele, falta integração do País ao mundo por meio de acordos comerciais, por exemplo. “São muitos os desafios para enfrentar os riscos e aproveitar as oportunidades. Passamos por um processo de ruptura, tanto em termos de produtos como de manufatura, e precisamos avançar para acompanhar o mundo. Por isso a importância de uma agenda de competitividade e produtividade”.

Realizado de forma virtual por causa do agravamento da pandemia da Covid-19 no País, o 2º encontro das autopeças reuniu representantes das associações representantes das empresas do setor da Europa, Argentina, México, Estados Unidos e Índia.

O que é o Rota 2030

O Rota 2030 é um programa do governo federal que define regras para a fabricação de automóveis produzidos e comercializados no Brasil nos próximos 15 anos. Consiste em um conjunto de normas e diretrizes que os fabricantes instalados no país precisam obedecer.

Em síntese, o Governo Federal tem introduzido alguns benefícios fiscais específicos ao setor automotivo, dada a importância e relevância desse segmento na economia brasileira. Visando fomentar a inovação e produção de novas tecnologias, a eficiência energética, a automatização do processo de manufatura, o meio ambiente e os investimentos em pesquisa e desenvolvimento (“P&D”) e a qualidade dos veículos e das autopeças. 

Importante ressaltar que o programa Rota 2030 foca atingir alguns objetivos importantes para o setor, sendo eles: 

  • Integração da indústria automotiva brasileira às cadeias globais de valor; 
  • Aumento dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação no País;
  • Incremento da eficiência energética, desempenho estrutural e da disponibilidade de tecnologias assistivas à direção dos veículos comercializados no País; 
  • Estimular a produção de novas tecnologias e inovações, de acordo com as tendências tecnológicas globais; 
  • Promover o uso de biocombustíveis e de formas alternativas de propulsão e valorizar a matriz energética brasileira; 
  • Automatização do processo de manufatura e incremento da produtividade das indústrias para mobilidade e logística;

O plano envolve e determina aspectos como segurança, economia, valores dos automóveis fabricados no país. Entre esses aspectos, destacamos: itens de segurança obrigatórios nos próximos anos; novas tecnologias a serem desenvolvidas de forma obrigatória e novas metas de eficiência energética.

Em geral, a indústria automobilística sempre precisou seguir uma série de normas e diretrizes, nacionais e internacionais. Todavia, o Rota 2030 se destaca por levar em consideração novos parâmetros, que vão desde a tentativa de aumentar a segurança dos usuários, produzir carros menos poluentes e tornar a industrial nacional mais competitiva.

Representantes da indústria nacional acreditam que, com o plano “Rota 2030”, o país passa a ter um ambiente de maior estabilidade e previsibilidade, o que age de forma positiva para o desenvolvimento de novos veículos e produtos automotivos.

Além disso, outro ponto que agrada aos fabricantes está relacionado aos incentivos fiscais para cumprir metas e investir em programas de pesquisa e desenvolvimento, elementos fundamentais para um mercado tão competitivo.

O Plano é dividido em três etapas, com duração de cinco anos cada, totalizando 15 anos para a conclusão de todo o projeto. A primeira etapa vai de 2018 a 2022 e já está em andamento.



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