Sindipeças mostra otimismo na manutenção do espaço do aftermarket em meio à pauta de descarbonização -

Sindipeças mostra otimismo na manutenção do espaço do aftermarket em meio à pauta de descarbonização

Para o presidente do Sindipeças, Claudio Sahad, os diversos elos da reposição automotiva nacional estão prontos para lidar com a nova realidade – sobretudo pelo fato de, diferente de outros países, o Brasil contar com uma grande diversidade no que diz respeito à produção de energia limpa.

O fato de o Brasil ter uma frota com mais de 62 milhões de veículos com média de idade acima dos 10 anos confere ao aftermarket automotivo uma resiliência capaz de superar momentos de instabilidade econômica e institucional. Este panorama, evidente na análise dos dirigentes de Sincopeças, Sindirepa e Andap a respeito do desempenho do setor em 2024, começa a ganhar contornos de questionamento quando projetamos um futuro de médio a longo prazo. Afinal, diversos analistas apontam que o status quo do mercado tenderá a se alterar à medida que a pauta da descarbonização avançar no país.

Para o presidente do Sindipeças, Claudio Sahad, porém, os diversos elos da reposição automotiva nacional estão prontos para lidar com a nova realidade – sobretudo pelo fato de, diferente de outros países, o Brasil contar com uma grande diversidade no que diz respeito à produção de energia limpa.

“O setor de autopeças está preparado para acompanhar o ciclo de investimentos anunciado pelas montadoras. Quando há previsibilidade (demanda), nossas empresas também elevam seus investimentos. O volume previsto para 2024 é de cerca de R$ 6,2 bilhões, 6,5% superior ao do ano anterior, com fortes possibilidades de aumentar nos próximos meses. (Para os próximos anos), o Brasil pode ocupar um lugar de muito destaque nas decisões mundiais acerca da descarbonização no setor dos transportes. A título de informação, é importante citar que o ciclo de produção de um veículo no Brasil emite cerca de um terço do CO2 produzido na Europa. De fato, se tivermos políticas públicas para explorar adequadamente esse potencial, nossa indústria de transformação pode dar um salto de qualidade. Defendemos a coexistência de várias rotas tecnológicas pró-descarbonização, que levem em conta as especificidades de cada mercado, pois o mundo é muito diverso, assim como são as fontes de energia.

A eletrificação é um dos meios para redução da emissão de carbono, e pode coexistir com outros. No Brasil, considerando-se nossas especificidades e até mesmo as condições socioeconômicas, podemos ser um grande fabricante de veículos híbridos flex, abastecidos com etanol. Também podemos nos tornar importante hub produtor e exportador de moto – res e veículos a combustão, que não devem ser mais produzidos na União Europeia e nos EUA e ainda terão longa vida adiante, principalmente nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Essa oportunidade é também um grande desafio para toda a cadeia de produção. Uma das missões do Sindipeças é acompanhar as mudanças, a fim de manter seus associados bem informados e com capa – cidade para refletir e tomar decisões acerca do futuro de seus negócios”, diz Claudio Sahad

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