Sobrevivência do negócio em meio às disrupturas trazidas pela tecnologia é abordada pelo Sebrae -

Sobrevivência do negócio em meio às disrupturas trazidas pela tecnologia é abordada pelo Sebrae

Tema foi levantado pelo proprietário da Autopeças Perim, de São Paulo. Envie você também uma dúvida sobre gestão aos consultores do Sebrae-SP
Por Lucas Torres

Ao mesmo tempo em que cria novas oportunidades de negócio e possibilita ao empresário mais eficiência em sua gestão, o avanço tecnológico tem, de certa forma, ameaçado a sobrevivência de empresas com modelos ‘mais tradicionais’.

Isso porque o mundo digital traz novas soluções para o consumidor que, seja por maior praticidade, agilidade ou ainda um menor preço, acaba deixando de consumir ou diminuiu significativamente seu consumo de produtos e serviços nas empresas de modelo mais condizente com a sociedade analógica. Este cenário preocupa diversos setores, dentre os quais inclui-se o varejo de autopeças na reposição automotiva.

Representado pelo proprietário da Autopeças Perim de São Paulo (SP), Carlos Eduardo Ribeiro, o Eduardo J.J., o setor teve a oportunidade neste mês de questionar o consultor do Sebrae-SP, Vitor Santos, sobre maneiras de sobreviver a esses chamados processos de ‘disruptura’ trazidos pela tecnologia e as mudanças sociais trazidas por eles. Confira abaixo mais uma edição do ‘Canal Sebrae de Consultoria’ e participe enviando sua pergunta para nossa redação.

Eduardo J. J. – diretor da Autopeças Perim, de São Paulo (SP)

A grande variedade de setores atingidos por processos de disruptura – com a chegada de players como Uber, AirBnB e tantos outros traz oportunidades e avanços, mas nós, como empresários, também temos a impressão que essas novidades podem destruir negócios antes muito bem estabelecidos. Você compartilha dessa visão? O que temos de fazer para não sermos ‘engolidos’ por esses ‘novos negócios’?

Vitor Santos – consultor do Sebrae (SP)

Atualização e evolução! Como sempre, atualização no modelo de negócios pode ser a salvação de umaempresa. Hoje a tecnologia facilita diversas ações que demoraríamos muito para realizar (imagine achar uma rua sem o GPS? Sempre tenha um “Mapograf” nas mãos para descobrir o caminho a fazer). Da mesma forma vários outros exemplos desses poderiam ser citados.

Mas o caso é que existem empresas que têm no seu pilar serviços e/ou processos que estão sendo “engolidos” por tecnologias mais diretas, à medida que as pessoas cada vez mais se entregam aos aplicativos e sistemas, pois otimizam o tempo, aumentam a variedade de opções, preços e transparência ao processo. Quantas pessoas deixaram de contratar, por exemplo, um encanador e por ver vídeos na internet conseguiram fazer a manutenção em sua casa? Ou trocar a resistência do chuveiro? E o que devemos fazer para não ficarmos para trás?

Primeiro: estar atento ao mercado (clientes, concorrentes e fornecedor). Sim, até mesmo o fornecedor, com novos produtos, pode diminuir a demanda de alguns serviços. Há pouco tempo vi uma empresa que vende sistemas de alarme de incêndio totalmente sem fio! Não é mais necessário um eletricista para a instalação de nenhuma parte do equipamento. Como o eletricista vai mudar seu modelo de negócios para continuar atendendo? Vamos ver um exemplo de uma locadora de filmes (sim, elas ainda existem) do interior de São Paulo (Botucatu): ela já tem seu próprio serviço de streaming. Você aluga os “super” lançamentos que saíram há pouco tempo dos cinemas e recebe um link para assistir onde quiser durante 48 horas. Normalmente, esse filme ainda não chegou nas demais plataformas de streaming (Netflix, Amazon, etc) e nem nas TVs a cabo. A locadora se atualizou e mudou seu modelo de negócios, com o mesmo segmento de produto!

Depois de analisar o mercado, é preciso remodelar o novo modelo com pontos importantes desse novo mercado: transparência, facilidade (conveniência), empoderamento do cliente, agilidade (melhoria dos processos internos) e sempre ter novidades.

É um fato: se não nos atualizamos nos modelos de negócios, pensando no novo perfil de clientes, não seremos apenas engolidos pelos novos negócios, mas sim deixaremos de ser essenciais para nossos clientes, que desejam novos formatos! Isso sim “mata” uma empresa. A Kodak que o diga, quando teve a fotografia digital nas mãos, mas não acreditou que seria a tecnologia do futuro.

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O Novo Varejo abre um canal direto entre os gestores do varejo de autopeças e os consultores do Sebrae-SP. É sua oportunidade de obter de forma gratuita orientações da principal entidade de apoio à gestão empresarial no Brasil. O Novo Varejo disponibiliza vários canais para receber suas dúvidas. Participe!

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