Startups e grandes empresas do universo digital ganharão espaço no setor automotivo -

Startups e grandes empresas do universo digital ganharão espaço no setor automotivo

Tendência faz parte da percepção de executivos que atuam no setor em várias partes do mundo.

Claudio Milan: [email protected]

Conforme enumera o relatório da “Pesquisa Executiva Anual do Setor Automotivo Global 2021” (GAES), da KPMG – a 22ª segunda edição deste estudo realizada com executivos de todo o mundo – uma das fortes tendências para o segmento automotivo é o avanços das startups e grandes empresas do universo digital para o setor.

Um fenômeno já em curso no setor vai ganhar força nos próximos anos: as indústrias automotiva e de tecnologia estão convergindo, levando a novas alianças e novos participantes. As startups estão levantando bilhões, se capitalizando, e executivos entrevistados pela KPMG acreditam que empresas de tecnologia como Google, Apple, Amazon e Huawei entrarão com força no mercado. “A pesquisa destacou a ascensão de novos participantes e a mudança para o digital”, diz Flávia Spadafora.

Quando perguntados sobre a forma com que estes novos players afetarão a indústria, 61% dos executivos dizem que as startups terão um impacto moderado nos próximos 10 anos e 31% dizem que terão um grande impacto. Segundo a KPMG, as próprias empresas estão cautelosamente otimistas: 73% das startups de mobilidade dizem que produzirão algum impacto e apenas 20% dizem que o impacto será significativo.

O relatório da pesquisa aponta que novos entrantes estão adotando uma nova abordagem para a cadeia de valor. Por exemplo, algumas novas montadoras estão usando terceiros para fabricar seus veículos. Oitenta e dois por cento dos entrevistados em geral acreditam que esses participantes terão sucesso na fabricação por contrato.

Muitas montadoras e fornecedores dizem que vão alienar ativos não estratégicos, levantando dinheiro para investir em novas tecnologia. Oitenta e cinco por cento dos entrevistados estão considerando realizar novos investimentos, aquisições e parcerias com novas empresas de tecnologia nos próximos anos. Em relação aos investimentos em P&D – Pesquisa e Desenvolvimento, os executivos dividiriam a alocação dos recursos de forma relativamente equilibrada entre diferentes áreas, com viés moderado para novas tecnologias de Powertrain.


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