Startups são protagonistas do ProVa -

Startups são protagonistas do ProVa

Um dos pilares do Laboratório de Inovação do Varejo é promover a integração dos empresários do setor junto a profissionais acostumados com a cultura da inovação e da experimentação em seu dia a dia. Pensando nisso, o ProVa concedeu um espaço de protagonismo em seu calendário de eventos para startups especializadas nos segmentos de tecnologia, gestão e financeiro.

Durante evento realizado em 25 de julho, 25 varejistas tiveram a oportunidade de interagir com seis diferentes startups em conversas informais que resultaram, mais do que em negócios e parcerias, em insights e imersões no modo de pensar desses empreendedores.

Na ocasião, uma startup em especial foi protagonista no encantamento aos olhos dos empresários presentes. Criada com o objetivo de utilizar a inovação tecnológica como ferramenta promotora de soluções reais para o varejo, a Shopper UM promoveu o lançamento da A. R. eXxperience Machine – uma espécie de totem de autoatendimento que permite que qualquer pessoa produza seus conteúdos em realidade aumentada, por meio de objetos comuns ao dia a dia como cartões de visita, convites, camisetas, chaveiros, entre outros objetos que se queira customizar. Para utilizar a máquina e materializar seus próprios produtos com a tecnologia de realidade aumentada, os varejistas pagaram a quantia simbólica de R$ 50,00.

O destaque no evento, diga-se, se deu pelo entretenimento que a marca proporciona. Mas, como uma espécie de ‘efeito rebote’, permitiu que os empresários conhecessem conceitualmente o trabalho da startup que vai muito além da tecnologia pela tecnologia.

De acordo com a CMO da empresa, Priscila Fonte, a tecnologia na Shopper UM é utilizada como meio e não como fim; é na interpretação dos dados colhidos via ‘deep learning’ e na construção de campanhas estratégicas customizadas – com base em uma análise profunda do posicionamento da empresa no nicho em que ela se encontra e no perfil de seu público – que ‘a mágica acontece’. “A ideia é diagnosticar da maneira mais precisa possível as necessidades do varejo por meio da inteligência artificial e dos algoritmos aplicados em questionários e estudo de intenção de compra do cliente do varejo para partirmos para o segundo passo, o do tratamento de dados”, explica Priscila. “Esse tratamento é feito com a utilização de um Big Data Analytics que permite ao cliente rápida identificação de seus problemas e o apontamento de possíveis soluções, com relatórios ágeis e completos que possam apoia-lo na decisão. A partir dos dados recolhidos, de seu tratamento e diagnóstico, podemos definir em conjunto – cliente, máquina e Shopper UM – a melhor solução para o problema encontrado, seja na loja física, no site ou no aplicativo”, complementa a executiva.

Cumpridas as primeiras etapas, a startup oferece soluções específicas para atingir o público-alvo do varejo, utilizando ferramentas tecnológicas de ponta para produzir o efeito buscado por todo empresário varejista: atrair, entregar e satisfazer aquilo que o cliente busca em sua jornada de compra.

Em uma das soluções apresentadas à nossa reportagem, Priscila sugeriu um catálogo de autopeças comum à primeira vista, mas que, quando exposto à câmera de um smartphone, exibe vídeos do mecânico instalando a peça no veículo e/ou mostra um vídeo-tutorial em que o mecânico explica o ferramental necessário para a instalação da peça a fim de que se evite avarias no processo.

Além do encantamento pela profundidade tecnológica de suas soluções, a startup saltou aos olhos dos varejistas presentes pela acessibilidade financeira de seus planos.

De acordo com Priscila, a Shopper UM oferece três possibilidades a seus clientes em planos que variam de R$ 50,00; R$ 200; e R$ 2.800,00.

Veja vídeo demonstrativo da máquina A. R. eXxperience Machine – destaque do ProVa 

 

Inteligência e consultoria das startups sobrepõem ofertas de tecnologia  

Idealizador da pesquisa “Loja 4.0 – Panorama das Startups Brasileiras que estão transformando o Varejo – 2ª Edição 2019”, destacada na edição de julho do Novo Varejo, o Oasis Lab – por meio de seu fundador e CEO, Helio Brigi – comentou a diferença do uso da tecnologia como meio para seu uso como finalidade. O executivo afirmou acreditar que as startups convidadas pelo ProVa, bem como a estrutura do cronograma do Laboratório, agem corretamente ao ver a cultura da inovação e a busca por soluções em geral – passem elas pelo âmbito tecnológico ou não – como chave para a transformação do varejo do país.

Para Brigi, tudo começa com a cultura da empresa para a inovação. O quanto seu board está preparado e disposto a liderar um processo deste tipo. A maturidade da cultura de inovação é um fator de extrema relevância. Outros pontos importantes são os aspectos relacionados aos recursos humanos, liderança, processos e tecnologia.

O CEO afirma que nesse cenário é fundamental que as startups atuem mais como consultoras do que como simples ‘ofertantes de soluções’, ao passo que – em geral, ainda distante da cultura de transformação constante – o que o varejista necessita é ter um norte que o aponte para onde mudar de maneira eficaz, para que não corra o risco de investir e mudar apenas por ‘uma suposta exigência dos novos tempos’.

“As necessidades e expectativas em relação às soluções e ferramentas inovadoras são muito diferentes e, por vezes, o varejista não sabe exatamente o que precisa, onde procurar, por onde começar e quem poderá ajuda-lo nesta busca”, conclui.


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