Tecnologia TSI já representa quase metade das vendas do up! -

Tecnologia TSI já representa quase metade das vendas do up!

TSi já é o preferido pela metade dos compradores do up!

 Ford Fiesta se une ao Volkswagen up! e ao Hyundai HB20 e passa a oferecer a opção do motor 1.0 3 cilindros turbinado

 Redação Novo Meio

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 No imaginário popular, o turbocompressor está diretamente relacionado à esportividade. Os primeiros estudos para elevar a potência dos motores de combustão interna a partir do aumento da quantidade de ar admitida datam do final do século XIX. O dispositivo foi, inicialmente, aplicado nos motores diesel, passou pelas locomotivas, os aviões, até ganhar viabilidade nos automóveis a gasolina, por volta das décadas de 30 e 40 do século passado. Em 1977, chegou à Fórmula 1 por intermédio da Renault. E já há muitos anos é um item comum especialmente nos países europeus.

O Brasil, no entanto, jamais desenvolveu uma tradição em sobrealimentação de motores. O primeiro modelo de série equipado com turbocompressor foi o Fiat Uno Turbo, lançado na primeira metade da década de 90. Tinha motor importado da Itália. Outros modelos surgiram ao longo do tempo: Tempra Turbo, Golf GTi, Audi A3, Punto T-Jet e Gol 1.0 – em 2003 a Ford lançou o Fiesta Supercharger, mas, ao contrário do turbo, a sobrealimentação não se dava pelo reaproveitamento dos gases do escapamento e sim a partir de por uma polia ligada do motor. Nenhuma dessas experiências alcançou escala comercial significativa.

Downsizing

A situação pode se alterar significativamente a partir de agora com a chegada dos novos modelos nacionais turbinados de fábrica que, antes da esportividade, visam à eficiência. A mudança de patamar se deve a prática cada vez mais intensa também no Brasil do conceito de downsizing – que, bem a grosso modo, significa a redução do tamanho dos motores sem, no entanto, diminuir seu rendimento. Um bom exemplo são os novos motores de três cilindros, já adotados por boa parte das montadoras que atuam no país.

São exatamente estes propulsores que estão servindo de base para os modelos turbinados que estão chegando ao mercado. Se no passado um carro turbo era sinônimo de performance, hoje a proposta é oferecer um automóvel compacto eficiente e econômico para o uso no dia a dia e muita tecnologia embarcada. O mercado de reposição deve estar atento e se preparar para este novo competidor, que já está atraindo o interesse dos consumidores – basta ver, na matéria abaixo, o sucesso comercial do novo Volkswagen up! Turbo. E, junto com esta tecnologia, em muitos casos virá a popularização da injeção direta. Além do up!, Hyundai HB20 e Ford Fiesta 1.0 turbo já estão nas ruas. O Gol está a caminho. O automóvel é um ser em constante mutação. Para acompanhar as transformações, o aftermarket também não pode parar.

Fiesta Ecoboost equipara potência do motor 1.6

 Novo 1.0 Ecoboost rende 125 cv

 O mais novo integrante da frota de turbos brasileiros é o Ford Fiesta Titanium. Ao já conhecido motor Sigma 1.6 aspirado soma-se agora a opção do novo 1.0 Ecoboost. Ambos os propulsores desenvolvem 125 cv de potência mas, segundo a Ford, o turbo acelera de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos contra 12,1 segundos do 1.6 quando equipados com transmissão automatizada.

A potência declarada e o torque de 17,3 kgfm fazem do novo Fiesta o 1.0 turbo mais potente e forte do mercado. De acordo com os números divulgados pela montadora, ele roda 12,2 km/l na cidade e 15,3 km/l na estrada com gasolina, com Selo Conpet de eficiência. Mais que isso, a apenas 1.500 rpm, a faixa de rotação mais usada no dia a dia, já entrega 90% do torque máximo. Além de ser até 20% mais econômico no consumo de combustível, o EcoBoost Turbo reduz em até 15% as emissões de CO2.

Para atingir este padrão de performance, o 1.0 conta com diversas tecnologias: injeção direta de combustível, duplo comando variável de válvulas, bomba variável de óleo, correia banhada em óleo, coletor integrado ao cabeçote, sistema duplo de aquecimento e arrefecimento e sistema de resfriamento dos pistões por jato de óleo. O problema é o preço: a partir de R$71.990. E o modelo só pode ser abastecido com gasolina.

Tecnologia TSI já representa quase metade das vendas do up!

up! turbo rende 105 cv de potência

Em um ano de mercado, a versão turbo do up!, a TSI, já representa quase 50% do total das vendas do compacto da Volkswagen. Trata-se de um indicador consistente sobre o potencial destes automóveis no país. Das 20.298 unidades da família up! comercializadas no Brasil nos primeiros seis meses do ano, 8.785 tinham a nova motorização.

O motor 1.0 TSI Total Flex é o mais avançado da Volkswagen no Brasil e o primeiro com injeção direta, turbocompressor e tecnologia flexível produzido no país. Pertence à família EA211 e é fabricado em São Carlos (SP). Apesar da potência de 105 cavalos – uma boa marca para um motor 1.0 de 3 cilindros – o TSI Total Flex também é mais econômico que seu equivalente aspirado.

HB20 é o primeiro sedã 1.0 turbo do mercado

 Recém chegado às concessionárias, o Hyundai HB20 Turbo traz como um de seus diferenciais a motorização 1.0 turbo 3 cilindros não apenas para o hatch, mas também para o sedã.

São 105 cv de potência máxima a 6.000 rpm e torque de 15,0 kgf.m disponível já a 1.550 rpm. Segundo dados da montadora, o HB20 1.0 Turbo é 31% mais potente e tem 47% mais torque quando comparado ao HB20 1.0 aspirado.

O novo motor Hyundai Kappa 1.0 Turbo tem 3 cilindros em linha, 12 válvulas e bloco e cabeçote em alumínio. O comando de válvulas é duplo no cabeçote e variável na admissão – DOHC e CVVT –, sendo controlado por corrente, e o virabrequim está desalinhado em relação aos cilindros, reduzindo o atrito dos pistões em movimento e o consumo de combustível.


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