Trabalho remoto qualificou vendedores do varejo -

Trabalho remoto qualificou vendedores do varejo

Consultor de negócios do Sebrae, Adriano Augusto Campos observou uma curva de evolução significativa de profissionais de segmentos como o varejo – em que, no começo da disseminação do trabalho remoto, ficou claro que havia uma lacuna maior de preparo e experiência na comparação com outros setores.

Lucas Torres [email protected]

Além do amadurecimento promovido pela aceleração do home office na abordagem da gestão da mão-de-obra, esse movimento emergencial também tem impactado diretamente na qualidade das equipes de trabalho – tanto no âmbito da qualificação interna quanto no que diz respeito à maior flexibilidade para a contratação de profissionais de alto nível. Uma das formas com que o consultor de negócios do Sebrae, Adriano Augusto Campos, percebeu este salto de qualidade foi a partir do contato com empresas que se beneficiaram do fato de passarem a poder contar com mão-de-obra qualificada de regiões distantes, o que antes poderia ser um grande entrave.

Ele afirma que a confirmação de que é possível produzir a distância – algo que, antes da pandemia, era apenas uma suspeita – encorajou recrutadores a buscar profissionais de alto nível que não necessariamente possam estar de maneira física das dependências do negócio.

“Recrutar e gerenciar profissionais a milhares de quilômetros de distância favoreceu empresas de fora dos principais centros empresariais. Não há barreiras físicas para atuação. As pessoas passaram a confiar mais nas outras tendo que atuar sem se verem diretamente”, enfatizou Campos.

Já no tocante à evolução interna das equipes, o especialista observou uma curva de evolução significativa de profissionais de segmentos como o varejo – em que, no começo da disseminação do trabalho remoto, ficou claro que havia uma lacuna maior de preparo e experiência na comparação com outros setores.

De acordo com Campos, esta posição de desvantagem fez com que a adaptação ao home office fosse ainda maior para as empresas e profissionais do varejo encontrarem métodos viáveis de atuação à distância e práticas de relacionamento com cliente diferenciadas – algo que, hoje, tem sido superado pela descoberta gradual de oportunidades de exercício efetivo de atividades como vendas a distância, algo que era muito incipiente até março de 2020.

Convidado por nossa reportagem a mencionar um case que ilustrasse essa evolução ao longo dos últimos meses, o consultor fez questão de fugir do varejo main stream para apontar que essa melhora no trato com o mundo ‘fígital’ se disseminou também pelas pequenas e médias empresas. “Vou dar um exemplo muito pessoal. Conheci uma pequena empresa do meu bairro que possui loja física, mas que durante praticamente todo o atendimento conseguiu manter discussão ativa via WhatsApp e telefone comigo”, introduziu Campos, complementando sua percepção da experiência a partir de um papel de consumidor, e não como especialista. “Como consumidor, me senti muito bem e melhor do que indo até o ponto físico, ainda mais durante a pandemia. Além de dar vazão às minhas dúvidas e necessidades, essa empresa se mostrou muito hábil no acompanhamento da minha jornada de consumo, pois fez um bom trabalho antes, durante e após a compra”.


Notícias Relacionadas
Read More

Mahle estabelece Centro Global de Biomobilidade no Brasil

Cerimônia de lançamento do Centro Global de Biomobilidade foi realizada em Jundiaí (SP) e contou com a participação de autoridades do governo, cônsules de países que fazem parte da Aliança Global de Biocombustíveis para acelerar a descarbonização do setor de transportes, além de clientes e parceiros da Mahle