Transformações cobram evolução rápida e permanente do aftermarket -

Transformações cobram evolução rápida e permanente do aftermarket

Hoje, vivemos um momento totalmente diferente de tudo o que experimentamos até aqui

Políticas de sustentabilidade, avanços tecnológicos e quadros regulatórios em evolução são transformações que vêm desafiando o aftermarket automotivo nos países da União Europeia. Foram temas tratados, em março, ao longo da 15ª Conferência de Reposição da CLEPA, a associação que reúne os fornecedores automotivos do bloco.

Num passado não muito distante, as preocupações do chamado primeiro mundo não refletiam de forma impactante no setor automotivo brasileiro. Vivíamos nossa realidade própria, circunscrita a uma bolha marcada pelo atraso tecnológico e a eficiência de práticas seculares. A abertura de nosso mercado às importações de veículos e a queda da reserva de informática mudaram drasticamente esse quadro. Mesmo assim, a adequação do mercado de reposição às inovações subsequentes não foi alarmantemente traumática.

 Mas, hoje, vivemos um momento totalmente diferente de tudo o que experimentamos até aqui. A ponto de as preocupações das principais nações europeias fazerem eco e sentido também em nosso mercado. Lá como cá, políticas de sustentabilidade, avanços tecnológicos e quadros regulatórios em evolução têm merecido atenção e esforços de entidades, empresas e profissionais do aftermarket automotivo.

Podemos não ter, por enquanto, políticas de sustentabilidade tão rígidas como tem, por exemplo, a China e a União Europeia. Mas não estamos mais fora deste mundo. Está aí o Mover, nosso Programa de Mobilidade Verde e Inovação, que prioriza a eficiência energética, incentivando a reciclagem e a redução da carga tributária para quem polui menos. Por tabela, abraçamos assim também a expansão dos quadros regulatórios que, cada vez mais, terão de olhar para o setor da mobilidade como um todo – e aí se insere o debate sobre o Right to Repair e o Right to Connect, questão que só será bem endereçada com um legislação específica.

E o que dizer sobre os avanços tecnológicos? Diariamente lemos a respeito de alguma evolução surpreendente no campo da Inteligência Artificial – o domínio desta será fundamental para a operação nas empresas de todos os segmentos da economia. Já se preparou?

Na edição 426 do NVFD, nossa reportagem de capa mostra um impacto prático dos avanços tecnológicos no aftermarket automotivo: a necessária adequação do trade às exigências de manutenção dos carros híbridos e elétricos. O texto dá destaque ao ambiente da reparação automotiva, mas desnecessário lembrar que o mercado funciona como uma cadeia de negócios, informações e relacionamentos.

Você terá razão se argumentar que a eletrificação da frota ainda é quase incipiente no Brasil, mas errará se acreditar que tal condição se eternizará em nossas ruas e estradas. E não se esqueça: carros eletrificados representam apenas o ápice da evolução tecnológica dos automóveis. Um pouquinho abaixo deles estão os automóveis conectados. Aqueles mesmos que provavelmente você vai encontrar na sua própria garagem e que igualmente cobram do mercado evolução rápida e permanente. Dia após dia.


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