Vagas formais de emprego no varejo paulistano recuam em setembro -

Vagas formais de emprego no varejo paulistano recuam em setembro

Levantamento do Sindilojas-SP, com base em dados do Caged, mostra saldo negativo de 378 vagas no mês, a primeira queda desde março. No acumulado do ano, setor criou 8.855 empregos com carteira
vendedor de autopeças
Crédito: Shutterstock

O varejo paulistano registrou saldo negativo no número de trabalhadores contratados formalmente em setembro. O setor encerrou o mês com perda líquida de 378 postos de trabalho com carteira assinada. Foram 31.867 admissões contra 32.245 desligamentos, totalizando 610,8 mil empregos formais ativos no período. Essa foi a primeira queda desde março deste ano.

As informações são de levantamento do Sindilojas-SP, com base em dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). O resultado representa o pior desempenho para um mês de setembro desde que o Novo Caged foi instituído, em 2020. Até então, os meses de setembro mostravam mais admissões do que demissões no varejo da capital paulista.

Entre os 75 segmentos analisados, os ramos ligados a gêneros alimentícios foram os que mais contribuíram para a retração do emprego. Lideraram as perdas os hipermercados (-275 vagas), supermercados (-223) e estabelecimentos de produtos alimentícios em geral (-130).

Na direção oposta, padarias e confeitarias criaram 128 postos de trabalho, seguidas pelas lojas de artigos de armarinho (+97 vagas), que se destacaram entre os segmentos com maior saldo positivo em setembro.

Apesar da queda, o acumulado de janeiro a setembro de 2025 segue positivo. No período, o varejo paulistano gerou 8.855 empregos formais – um crescimento de 33% em relação ao mesmo intervalo do ano passado, quando o saldo foi de 6.657 vagas. Os segmentos de gêneros alimentícios se mantêm como destaque também no acumulado anual, enquanto vestuário e acessórios (-1.408 vagas) e calçados (-703) continuam entre os que mais reduziram postos de trabalho.

Para o presidente do Sindilojas-SP, Aldo Nuñez Macri, o resultado de setembro reflete uma acomodação natural após meses de alta. “Depois de um período de expansão, o mercado tende a ajustar o ritmo de contratações. Não há sinal de enfraquecimento estrutural do varejo e a expectativa é de retomada imediata em outubro e novembro, com as contratações sazonais para Black Friday, Natal e Réveillon”, afirma.

Segundo Macri, o último bimestre do ano deve impulsionar a geração de vagas temporárias, especialmente nos setores de vestuário, calçados e supermercados. “O pagamento do 13º salário e o aumento do consumo nas festas de fim de ano tradicionalmente fortalecem o emprego no comércio, o que deve garantir um fechamento de 2025 com saldo positivo”, afirma.


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O saldo total das carteiras – que apresenta crescimentos significativos de modo contínuo desde 2017 – registrou R$ 321,3 bilhões em setembro deste ano, um aumento de 19,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o valor foi de R$ 269,4 bilhões.