Varejistas do sudeste brasileiro encaminham dúvidas ao Sincopeças-BR -

Varejistas do sudeste brasileiro encaminham dúvidas ao Sincopeças-BR

Especificidades do regime tributário brasileiro e crises conjunturais da economia local são destaque desta matéria

 

Por Lucas Torres ([email protected])

O Novo Varejo vem abrindo espaço mensalmente para que os varejistas de autopeças de todo o país encaminhe suas dúvidas e manifestações ao presidente do Sincopeças-BR, Ranieri Leitão. Na continuidade da série, continuamos percorrendo as diferentes regiões do Brasil apurando os questionamentos dos empresários do segmento. Neste mês de junho, buscamos no sudeste dois empresários inquietos com a conjuntura atual do mercado.

Alexandre Gomes, diretor da Dedé Autopeças – da capital mineira, Belo Horizonte – questionou Leitão sobre formas de tornar mais justa a concorrência das empresas do setor, tendo em vista as vantagens competitivas que empreendimentos dos estados de Goiânia, Espírito Santo e Brasília carregam em razão dos regimes tributários de seus respectivos estados.

De Campinas, maior cidade do interior paulista, Roberto Rocha – proprietário da Rocha Autopeças – questionou o presidente do Sincopeças Brasil sobre as questões conjunturais da economia, tal como a greve dos caminhoneiros e a desvalorização do real ante o dólar, movimentos que marcaram e impactaram profundamente nossa sociedade nas últimas semanas. Como tais fatores influenciarão os resultados do varejo de reposição ao final de 2018? Acompanhe as respostas a seguir em mais uma rica interação entre os varejistas e o dirigente da entidade sindical.

 Alexandre Gomes – Dedé Autopeças, de Belo Horizonte (MG)

Gostaria de saber se o Sincopeças Brasil já fez ofício sobre essas empresas que compram por Goiânia, Espirito Santo e Brasília e acabam vendendo mais barato que as próprias indústrias. O que fazer para tornar a concorrência mais leal?

Ranieri Leitão – Nós não temos como fazer muita coisa nesse sentido porque existe uma variação na tributação de estado para estado. Os regimes são concedidos às empresas que se aproveitam e fazem seus preços diante da regulamentação de cada estado.

Em minha opinião, o que se pode fazer para tornar a concorrência mais leal é investir na gestão das empresas, em um atendimento diferenciado e, principalmente, inovar nas maneiras e nas modalidades de negociação.

 

Roberto Rocha – Rocha Autopeças, de Campinas (SP)

Qual será a previsão do nosso mercado com greve, alta do dólar, Copa do Mundo e eleições pela frente? Será que fechamos o ano com algum indicador positivo?

Ranieri Leitão – Primeiro quero dizer que não podemos parar nossas empresas. As greves que estão em ocorrendo afetam os negócios do mercado como um todo, não só o nosso – da mesma forma que a alta do dólar. Já a Copa do Mundo, em minha opinião, não irá produzir efeito significativo nos negócios. Diante desse cenário de dificuldades acredito que, ainda assim, seremos capazes de fechar o ano com indicadores positivos, mesmo que ligeiramente positivos. A expectativa é muito grande na mudança de governo, em um movimento que espero que ajude a moralizar o país e isso depende de nós, empresários e formadores de opinião. Penso que precisamos investir ao menos um pouco do nosso tempo para transmitir mensagens positivas que motivem nossos pares e colaboradores a continuar trabalhando e, no contexto político, se colocarem com uma postura ativa para garantir que partiremos por um novo e melhor caminho a partir de 2019.

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